PUBLICIDADE

Ásia

China confisca 1,8 tonelada de material para fabricar bombas

Na semana passada, 39 pessoas morreram e 90 ficaram feridas em um ataque com explosivos em um mercado de Urumqi

27 mai 2014 - 07h35
(atualizado às 07h36)
Compartilhar
Exibir comentários
Polícia paramilitar da China faz guarda em mercado de Urimq, na região de Xinjiang, em 24 de maio
Polícia paramilitar da China faz guarda em mercado de Urimq, na região de Xinjiang, em 24 de maio
Foto: AFP

A polícia chinesa confiscou 1,8 tonelada de material para fabricar bombas e prendeu cinco pessoas na região autônoma de Xinjiang, onde na semana passada um atentado deixou 39 mortos, anunciaram fontes oficiais.

Em Hotan, sudoeste da região, a polícia "destruiu dois abrigos para fabricar explosivos e confiscou 1,8 tonelada de material que um grupo deseja usar para fabricar explosivos, assim como grandes quantidades de artefatos explosivos quase completos", segundo a página oficial do governo chinês na região.

As autoridades chinesas atribuem a violência dos últimos meses em Xinjiang aos separatistas da minoria muçulmana uigur. Na semana passada, 39 pessoas morreram e 90 ficaram feridas em um ataque com explosivos em um mercado de Urumqi, a capital da região, um atentado condenado por Pequim e Washington.

Segundo as autoridades, o grupo de Hotan estava preparando material para executar um novo atentado "em um local movimentado".

Em 30 de abril, no último dia da visita do presidente chinês Xi Jinping à cidade de Xinjiang, um grupo de homens com facas e explosivos atacou a estação central de Urumqi, deixando uma pessoa morta e 79 feridas.

Em março, homens armados com facas mataram 29 pessoas e deixaram 143 feridas na estação ferroviária de Kunming, uma cidade do sul da região.

As autoridades chinesas prometeram adotar medidas para deter a violência e mobilizaram unidades policiais nas principais cidades de Xinjiang. Mas ao mesmo tempo afirmam que desejam melhorar a integração dos uigures.

Em 2009 os confrontos em Urumqi entre uigures e han, a etnia majoritária na China, deixaram mais de 200 mortos.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
Compartilhar
Publicidade
Publicidade