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África

Metade da população do Sudão do Sul sofre de fome, aponta governo

21 jun 2017 - 10h50
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Seis milhões de pessoas, cerca da metade da população do Sudão do Sul, passam fome por conta do conflito armado e da crise econômica que afetam o país, informou nesta quarta-feira o presidente do Comitê de Estatísticas do Governo, Isaiah Chol Aruai.

Este é o número mais "alto na história do país", que proclamou independência do Sudão em 2011, segundo afirmou Aruai em uma coletiva de imprensa.

Dentre as seis milhões de pessoas afetadas, 1,7 milhão de cidadãos necessitam de ajuda de forma urgente, segundo os dados dos estudos realizados pelo comitê.

O responsável indicou que a intervenção das organizações humanitárias contribuíram para frear a deterioração da situação alimentar nas áreas de Leer, Koch e Mayendit, no estado setentrional de Unidade, nos quais foi anunciada uma crise de fome em fevereiro.

"Durante os meses de junho e julho deste ano, cerca de 45 mil pessoas enfrentarão uma carência alimentar nos estados do nordeste de Jonglei e de Unidade pelos combates e as dificuldades de entregar ajuda humanitária", disse o funcionário.

Além dos combates, a crise econômica causou problemas de abastecimento em zonas pobres em ambos estados.

Em fevereiro, a Organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e o Programa Mundial de Alimentos (PMA) pediram em um comunicado conjunto um aumento da ajuda humanitária para evitar uma crise de fome no Sudão do Sul.

Os anos do conflito danificaram gravemente a produção de cultivos, enquanto a hiperinflação (de até 800% anual) deteriorou o poder aquisitivo dos pobres.

EFE   
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