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África

Fortuna de Mubarak não coincide com declarado, diz órgão egípcio

18 abr 2011 - 15h54
(atualizado às 16h56)
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A fortuna do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak e de sua família não coincide com o que declaravam à receita federal, revelou nesta segunda-feira um relatório do organismo de supervisão administrativa do Egito, segundo veículos de comunicação estatais.

Hosni Mubarak assumiu a presidência do Egito em 1981 e governou o país por 30 anos
Hosni Mubarak assumiu a presidência do Egito em 1981 e governou o país por 30 anos
Foto: Reuters

O documento assinala que o membro da família Mubarak que reuniu a maior fortuna foi Alaa, o filho mais velho do ex-chefe de Estado, seguido pelo irmão Gamal, sua mãe Suzanne e o próprio ex-presidente, aponta a imprensa egípcia, sem fornecer números detalhados. O relatório acrescenta que os Mubarak contam com vários palácios, fazendas, chalés e apartamentos de luxo em vários pontos do país.

A cidade turística de Sharm el-Sheikh, junto à costa do Mar Vermelho, é a que concentra o maior número de propriedades dos Mubarak, que também têm imóveis no Cairo, Alexandria e Fayed. Além disso, a família Mubarak possui muitas terras que se somam a uma fortuna depositada em várias contas bancárias em libras egípcias, dólares e euros.

O documento foi entregue ao chefe do departamento do Ministério da Justiça para Ganhos Ilegais, Assem el Gohary, cujo organismo investigará o ex-governante e seus familiares. Mubarak, que se está internado em um hospital, foi preso no dia 13 de abril em Sharm el-Sheikh junto com seus dois filhos, depois que a Procuradoria Geral ordenou a detenção dos três por 15 dias.

O pai e os dois filhos são acusados de abuso de poder e enriquecimento ilícito, assim como de estarem envolvidos no ataque contra os manifestantes durante a revolta popular que forçou a renúncia de Mubarak, em 11 de fevereiro e após quase três décadas no poder. O ex-presidente, 82 anos, foi hospitalizado em um centro médico de Sharm el-Sheikh após sofrer um ataque cardíaco durante um interrogatório.

Na sexta-feira passada, o procurador-geral determinou sua transferência a um hospital militar, cuja localização não foi divulgada.

Protestos irradiam por norte africano e península arábica

No dia 16 de dezembro de 2010, em ato de protesto contra o governo, um jovem desempregado morreu após imolar-se em público na capital da Tunísia. Poucas semanas depois, uma onda de protestos por melhores condições varreu o país, culminando na deposição do presidente Ben Ali. Em fevereiro, o mesmo sentimento popular tomou corpo no Egito, onde a população manteve protestos massivos até a renúncia de Hosni Mubarak.

Estes feitos irradiaram pelo norte africano e pela península arábica. Na Líbia, protestos desembocaram em uma violenta guerra civil entre rebeldes e forças de Muammar Kadafi, situação que levou a comunidade internacional a intervir no país. Mais recentemente, Iêmen e Síria vêm vivendo protestos de maior vulto. Argélia, Bahrein, Jordânia, Marrocos e Omã também vêm sendo palco de contestação política.

EFE   
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