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Trump não descarta guerra com a Venezuela e Rubio reafirma que bloqueio será aplicado

Departamento do Tesouro americano anunciou novas sanções contra familiares do ditador venezuelano Nicolás Maduro

20 dez 2025 - 07h24
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Resumo
Donald Trump não descartou a possibilidade de guerra com a Venezuela, enquanto Marco Rubio confirmou sanções e bloqueio contra petroleiros sancionados, aumentando as tensões entre os países.
Após bloqueio a navios petroleiros, Trump diz não descartar guerra contra a Venezuela:

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deixou em aberto a possibilidade de uma guerra com a Venezuela, enquanto Marco Rubio, seu secretário de Estado, assegurou nesta sexta-feira, 19, que "nada impedirá" Washington de aplicar no Caribe o bloqueio contra petroleiros sancionados.

Questionado em uma entrevista por telefone à emissora NBC News se descartava uma guerra, Trump respondeu: "Não descarto." O republicano, entretanto, se recusou a dizer se tinha a intenção de derrubar o ditador venezuelano Nicolás Maduro. "Ele sabe exatamente o que eu quero", afirmou Trump. "Ele sabe melhor que ninguém."

Maduro usa boné com os dizeres: No War, Yes Peace.
Maduro usa boné com os dizeres: No War, Yes Peace.
Foto: Reprodução/TeleSur / Estadão

Ao responder perguntas em uma entrevista coletiva, o secretário de Estado Marco Rubio disse que não queria "especular". O governo Trump aplica pressão máxima sobre Maduro e a cúpula de seu governo, e o acusa oficialmente, com apoio da Justiça americana, de liderar um cartel do narcotráfico, o suposto "Cartel de los Soles".

Ataques no Caribe

As forças americanas realizaram numerosos ataques contra embarcações de supostos traficantes no Caribe e no Pacífico Oriental desde setembro, com um saldo de mais de 100 mortos.

Mas a crise mais séria em décadas entre os Estados Unidos e a América Latina não dá sinais de que será resolvida em breve nem de forma abrupta, pelo menos não de forma voluntária por Washington, segundo as declarações de Rubio.

O apoio russo ao governo do ditador Nicolás Maduro não é uma preocupação, uma vez que Moscou está ocupada com a guerra na Ucrânia, acrescentou o secretário na entrevista coletiva concedida na sede do Departamento de Estado.

Bloqueio a petroleiros

"Está claro que o status quo atual com o regime venezuelano é intolerável para os Estados Unidos", disse Rubio.

"Não há nada que vá impedir nossa capacidade de aplicar as leis americanas em termos de navios que foram sancionados", ressaltou, ao ser questionado sobre o anúncio de Caracas de que sua Marinha escoltaria os petroleiros no Caribe.

Washington apreendeu um navio-tanque submetido a sanções e confiscou sua carga na semana passada. Pouco depois, Trump anunciou um "bloqueio" de "todos os petroleiros sancionados que entram e saem da Venezuela". Os navios escoltados pelas forças venezuelanas até o momento não estavam sob sanções, disse Rubio.

Rússia e China, o principal comprador do petróleo venezuelano, expressaram apoio a Maduro.

O precedente de 1962

O último bloqueio naval no Caribe ocorreu em outubro de 1962, quando os Estados Unidos enviaram navios para impedir que a União Soviética transportasse mísseis para Cuba.

A crise militar e diplomática foi resolvida com negociações diretas entre Washington e Moscou. Recentemente, Trump conversou por telefone com Maduro, mas Rubio não revelou o conteúdo da conversa.

O republicano "mostrou que está disposto a conversar com qualquer pessoa", disse, o que inclui o colombiano Gustavo Petro, que o secretário descreveu como um "presidente incomum".

Sobre a troca de críticas entre Petro e Trump, comentou: "Não vamos permitir que qualquer problema que exista com um indivíduo prejudique uma relação tão importante."

"Conversamos com qualquer pessoa. Infelizmente, Petro é uma pessoa não muito estável em seus pronunciamentos", criticou o secretário. Aqueles que não colaborarem com os objetivos de segurança nacional dos Estados Unidos não ficarão isentos de críticas, acrescentou.

"Isso não é uma questão de esquerda ou de direita, trata-se de ter alguém que coopere com os Estados Unidos", ressaltou Rubio./Com informações da AFP.

Estadão
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