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EUA atacam Estado Islâmico na Síria; o que se sabe

Os Estados Unidos afirmam ter atingido dezenas de alvos em toda a Síria em resposta ao ataque do Estado Islâmico contra as forças americanas na semana passada.

20 dez 2025 - 07h32
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Avião-tanque KC-135 Stratotanker decola de uma base na área do Comando Central dos EUA em apoio à Operação Hawkeye Strike
Avião-tanque KC-135 Stratotanker decola de uma base na área do Comando Central dos EUA em apoio à Operação Hawkeye Strike
Foto: Reuters / BBC News Brasil

Os EUA afirmam que suas forças armadas realizaram um "ataque massivo" contra o grupo Estado Islâmico (EI) na Síria, em resposta à morte de forças americanas no país.

O Comando Central dos EUA (Centcom) disse que caças, helicópteros de ataque e artilharia "atingiram mais de 70 alvos em vários locais no centro da Síria". Aeronaves da Jordânia também participaram.

O governo americano afirmou ainda que a operação "empregou mais de 100 munições de precisão" visando infraestrutura e locais de armas conhecidos do EI.

O presidente Donald Trump disse que "estamos atacando com muita força" contra os redutos do EI, após uma emboscada organizada pelo grupo em 13 de dezembro na cidade de Palmira matar dois soldados americanos e um intérprete civil americano.

Em um comunicado divulgado na sexta-feira, o Centcom, que dirige as operações militares americanas na Europa, África e Indo-Pacífico, afirmou que a Operação Hawkeye Strike foi lançada às 18h do horário de Brasília.

O comandante do Centcom, Almirante Brad Cooper, disse que os EUA "continuarão a perseguir implacavelmente os terroristas que buscam prejudicar americanos e nossos parceiros em toda a região".

Rami Abdel Rahman, chefe do Observatório Sírio para os Direitos Humanos (SOHR), disse à agência de notícias AFP que "pelo menos cinco membros do grupo Estado Islâmico foram mortos" na província de Deir ez Zor, no leste da Síria, incluindo o líder de uma célula responsável por drones na área.

O Estado Islâmico não se pronunciou publicamente. A BBC não conseguiu verificar imediatamente os alvos.

O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, disse que a operação "não é o início de uma guerra - é uma declaração de vingança".

"Se você atacar americanos - em qualquer lugar do mundo - passará o resto de sua breve e ansiosa vida sabendo que os Estados Unidos irão caçá-lo, encontrá-lo e matá-lo impiedosamente."

"Hoje, caçamos e matamos nossos inimigos. Muitos deles. E continuaremos", acrescentou o secretário de Defesa dos EUA.

O Exército dos EUA identificou os dois soldados mortos no ataque como o sargento Edgar Brian Torres Tovar, de 25 anos, e o sargento William Nathaniel Howard, de 29 anos.
O Exército dos EUA identificou os dois soldados mortos no ataque como o sargento Edgar Brian Torres Tovar, de 25 anos, e o sargento William Nathaniel Howard, de 29 anos.
Foto: US Air Force/Reuters / BBC News Brasil

Em uma publicação em sua rede social Truth Social, Trump disse que os EUA "estão infligindo uma retaliação muito séria, exatamente como prometi, aos terroristas assassinos responsáveis".

Ele afirmou que o governo sírio estava "totalmente em apoio".

O Comando Central (Centcom) havia declarado anteriormente que o ataque mortal em Palmira foi realizado por um atirador do Estado Islâmico, que foi "confrontado e morto".

Outros três soldados americanos ficaram feridos na emboscada, e um oficial do Pentágono afirmou que o incidente ocorreu "em uma área que o presidente sírio não controla".

Ao mesmo tempo, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (SOHR) afirmou que o agressor era um membro das forças de segurança sírias.

Nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque, e a identidade do atirador não foi divulgada.

Um militar da Força Aérea dos EUA instala um sistema de munições em um caça F-15 que participa da Operação Hawkeye Strike
Um militar da Força Aérea dos EUA instala um sistema de munições em um caça F-15 que participa da Operação Hawkeye Strike
Foto: Reuters / BBC News Brasil

Em 2019, uma aliança de combatentes sírios apoiada pelos EUA anunciou que o Estado Islâmico havia perdido o último reduto territorial que controlava na Síria, mas desde então o grupo jihadista realizou alguns ataques.

As Nações Unidas afirmam que o grupo ainda possui entre 5.000 e 7.000 combatentes na Síria e no Iraque.

As tropas americanas mantêm presença na Síria desde 2015 para ajudar a treinar outras forças como parte de uma campanha contra o Estado Islâmico.

A Síria juntou-se recentemente a uma coalizão internacional para combater o Estado Islâmico e prometeu cooperar com os EUA.

Em novembro, o presidente sírio Ahmed al-Sharaa - um ex-líder jihadista cujas forças da coalizão derrubaram o regime de Bashar al-Assad em 2024 - encontrou-se com Trump na Casa Branca, descrevendo sua visita como parte de uma "nova era" para os dois países.

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