Script = https://s1.trrsf.com/update-1765905308/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Lula sobre operação de fraude no INSS: "se tiver filho meu envolvido, ele será investigado"

Durante o café da manhã com profissionais da imprensa no Palácio do Planalto, o presidente tratou do tema

18 dez 2025 - 14h21
Compartilhar
Exibir comentários

A Polícia Federal, em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), realizou nesta quinta-feira (18) uma nova fase da Operação Sem Desconto, que tenta desarticular um esquema de fraude no INSS que gerou desvios ilegais em aposentadorias e pensões. Segundo os dados oficiais da investigação, o montante movimentado de forma irregular pode somar R$ 6,3 bilhões no período compreendido entre 2019 e 2024.

Presidente Lula
Presidente Lula
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil / Perfil Brasil

De acordo com o g1, durante café da manhã com profissionais da imprensa no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tratou do tema. Ao ser interpelado sobre citações que envolvem seu filho, Fábio Luís Lula da Silva, o presidente afirmou que todos os envolvidos no esquema de fraudes no INSS serão investigados e punidos. O mandatário ressaltou que a seriedade é necessária nas apurações e que o parentesco não isenta qualquer indivíduo de investigação por parte das autoridades competentes.

"Muitas das coisas estão em segredo de Estado. Já li notícias e tenho dito para ministros e à CPI que é importante ter seriedade, que se possa investigar todas as pessoas envolvidas. Ninguém ficará livre. Se tiver filho meu envolvido nisso, ele será investigado", disse Lula.

A fase atual da Operação Sem Desconto foi autorizada pelo ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o g1, a decisão que suspendeu o sigilo do processo, o ministro descreve que a investigação da Polícia Federal identificou movimentações financeiras no valor total de R$ 1,5 milhão. Esses recursos saíram da empresa Brasília Consultoria Empresarial S/A para a RL Consultoria e Intermediações Ltda.

A primeira empresa pertence a Antônio Carlos Camilo Antunes, apontado como operador do sistema. A segunda pertence a Roberta Moreira Luchsinger. Mensagens interceptadas pela perícia indicam diálogos sobre repasses de valores para terceiros, mencionando o termo "filho do rapaz", embora a decisão do STF não estabeleça a identidade exata da pessoa referida no diálogo.

A investigação da Polícia Federal resultou no cumprimento de 52 mandados de busca e apreensão e 16 mandados de prisão preventiva. A operação abrange o Distrito Federal e os estados de São Paulo, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Entre as medidas determinadas pelo Poder Judiciário estão:

  • Prisão preventiva: Romeu Carvalho Antunes e Eric Fidélis (filho do ex-diretor de benefícios do órgão).

  • Prisão domiciliar: Adroaldo Portal, então secretário-executivo do Ministério da Previdência Social, exonerado após a ação.

  • Busca e apreensão: Senador Weverton Rocha (PDT-MA), apontado nas investigações como parte do suporte político do grupo.

O senador Weverton Rocha manifestou-se por meio de nota, declarando surpresa com a medida e colocando-se à disposição para prestar esclarecimentos após o acesso integral aos documentos do processo.

As fraudes no INSS investigadas consistiam na aplicação de descontos mensais nas folhas de pagamento de segurados sem autorização prévia. O grupo utilizava associações para simular a adesão de aposentados, cobrando mensalidades por serviços não solicitados. A CGU identificou 11 entidades envolvidas, cujos contratos foram suspensos. Em decorrência do andamento das apurações e da crise no setor, o então ministro Carlos Lupi deixou o cargo, sendo substituído por Wolney Queiroz.

Perfil Brasil
Compartilhar
Publicidade

Conheça nossos produtos

Seu Terra












Publicidade