Moraes nega pedido de barbeiro ao ex-comandante da Marinha Almir Garnier, condenado por golpe
Militar cumpre pena de 24 anos e queria a presença do profissional a cada 15 dias na unidade em que cumpre pena
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta quinta-feira, 18, um pedido da defesa do ex-comandante da Marinha Almir Garnier para autorizar visitas periódicas de um barbeiro no local onde ele cumpre pena, em Brasília.
Garnier está custodiado na Estação Rádio da Marinha, após a condenação no julgamento da trama golpista. No dia 10 de dezembro, a Marinha enviou um ofício ao gabinete de Moraes solicitando a autorização para que um militar barbeiro realizasse o corte de cabelo do ex-comandante a cada quinze dias.
Ao analisar o pedido, Moraes afirmou que o custodiado deve se submeter às mesmas regras aplicadas aos demais presos sob responsabilidade da Marinha. "O custodiado deverá se submeter ao regramento geral da Marinha para todos os presos", escreveu o ministro no despacho.
Moraes determinou ainda que a decisão seja comunicada à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao Comando de Operações Navais.
O ex-comandante da Marinha Almir Garnier foi sentenciado a 24 anos de prisão, a serem cumpridos inicialmente em regime fechado. A decisão também impôs o pagamento de 100 dias-multa, fixados no valor de um salário mínimo por dia.
De acordo com o STF, Garnier foi o único chefe de uma das Forças Armadas a manifestar apoio explícito ao plano golpista articulado pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL).