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Coronavírus

Idosos com mais de 70 anos voltam a ser faixa etária predominante em hospitais privados de São Paulo

Levantamento é do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo; internações de pacientes mais velhos têm preocupado especialistas e autoridades

18 ago 2021 - 21h51
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Os idosos com 70 anos ou mais respondem pela fatia mais larga de pacientes com covid-19 internados em UTIs em 60% dos hospitais particulares de São Paulo, de acordo com um levantamento do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp) divulgado nesta quarta-feira, 18.

O levantamento anterior do SindHosp apontava que essa faixa etária não era predominante em nenhum dos hospitais privados do Estado em 26 de julho, quando 85% das instituições responderam que a faixa mais comum entre internados estava entre 51 e 60 anos.

A pesquisa foi realizada de 12 a 17 de agosto, com 60 hospitais privados paulistas, sendo 27% da capital e 73% do interior e que somam 2.470 leitos de UTI e 4.762 leitos clínicos, dos quais 1.094 leitos clínicos e 707 leitos de UTI são destinados a pacientes com covid. O estudo não informa números absolutos, apenas proporções, mas um número maior de centros médicos (71%) relatam ter entre 51% e 70% de ocupação em seus leitos. No estudo anterior, esse índice era 42%.

Com o avanço da vacinação entre os adultos, especialistas dizem ser natural que o grupo idoso ocupa uma proporção maior entre os internados, mas registros de hospitalizações e mortes entre idosos que já tomaram as duas doses têm preocupado especialistas. No Rio, projeção da Fiocruz indica que o número de idosos com mais de 80 anos atinja o pico de toda a pandemia. Os pesquisadores da instituição não concluíram as estimativas para São Paulo, mas preveem tendência similar nos hospitais paulistas.

Esse quadro fez ganhar força no Brasil o debate sobre a aplicação de uma dose de reforço em idosos e outros grupos vulneráveis. Países como Chile e Israel já adotam estratégia e o Ministério da Saúde admite avaliar a medida.

Delta e reposição de equipe

Apesar do recente avanço da variante Delta pelo Estado de São Paulo, 91% dos hospitais ouvidos pelo Sindhosp admitem não estarem realizando testes de sequenciamento para determinar com quais variantes da covid-19 seus pacientes estão infectados. Essa nova cepa, identificada originalmente na Índia, é mais transmissível. Ao todo, 62% dos hospitais inquiridos na pesquisa do SindHosp afirmaram ter encontrado obstáculos para repor seus funcionários.

Estadão
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