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Política

Parlamentos do G-20 divulgam carta pedindo justiça social e sustentabilidade; Argentina não assina

Grupo de presidentes se reuniu no Brasil para encontro do P20, composto pela cúpula dos Legislativos dos países mais ricos do mundo

8 nov 2024 - 18h08
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Os presidentes dos parlamentos dos países do G-20 divulgaram uma declaração conjunta ao fim do P20, realizado no Brasil. A carta aponta recomendações para solucionar problemas relacionados a justiça social, sustentabilidade e governança global. O encontro, que contou com a participação de 35 parlamentares de 14 países, se encerrou nesta sexta-feira, 8, quando o comunicado foi divulgado. Apenas a Argentina não assinou o documento.

O documento ressalta os pontos priorizados pela presidência do Brasil no G20: o combate à fome, à pobreza e à desigualdade. A desigualdade social foi apontada como a raiz dos principais problemas enfrentados pelos países. Esta deve ser enfrentada "por meio de uma abordagem abrangente que promova a inclusão social, fortaleça a boa governança em todos os níveis e defenda os direitos humanos, garantindo, ao mesmo tempo, crescimento econômico e resiliência diante dos desafios globais".

Congresso nacional sediou o encontro dos parlamentos dos países do G20
Congresso nacional sediou o encontro dos parlamentos dos países do G20
Foto: Dida Sampaio/Estadão / Estadão

Em relação à luta por igualdade de gênero, o P20 elogiou o Brasil por promover a Primeira Reunião de Mulheres Parlamentares do grupo multilateral. Pediu-se que futuros encontros realizem outras edições do encontro focado nas lideranças femininas "como uma plataforma de diálogo e promoção dos direitos das mulheres e como um mecanismo para estabelecer uma verdadeira colaboração entre homens e mulheres parlamentares na busca pela democracia".

No tocante ao mundo do trabalho, o P20 ressaltou ser necessário "garantia de proteção trabalhista nos locais de trabalho, juntamente com a expansão dos programas de reciclagem, requalificação e aperfeiçoamento profissional". Dessa forma garantido um ambiente de trabalho atrativo e que não exclua profissionais mais velhos.

O P20 também reafirmou seu apoio ao acordo de Paris e pediu que os países desenvolvidos se comprometam com o financiamento climático para os países em desenvolvimento. "Inclusive por meio da rápida implementação do fundo de perdas e danos", conclui.

Em meio a expectativas de que os Estados Unidos tenha fronteiras mais rígidas, conforme a eleição de Donald Trump, o P20 defendeu "medidas para facilitar a migração e a mobilidade de pessoas de forma ordenada, segura, legal e responsável".

O encontro de parlamentos também enfatizou a importância do estímulo a uma economia global equilibrada. "Combatendo as dívidas soberanas insustentáveis, incentivando investimentos estrangeiros diretos e outros fluxos de capital para o desenvolvimento sustentável", defendem em busca de repensar a globalização.

Por fim, a carta destaca o compromisso do P20 de promover cooperação internacional para discutir inteligência artificial. Isto para a IA ser "sustentável, inclusiva e reduza a desigualdade".

Leia a carta completa:

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Estadão
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