Mãe de recém-nascida encontrada morta em Alagoas será ouvida na noite desta terça
Corpo foi encontrado enrolado em um saco plástico, dentro de um pote de sabão em pó, escondido em um armário no quintal da casa da família
Eduarda Silva de Oliveira, de 22 anos, mãe da recém-nascida Ana Beatriz, será ouvida ainda nesta terça-feira sobre o caso envolvendo a filha, Ana Beatriz. O corpo do bebê foi encontrado enrolado em um saco plástico, dentro de um pote de sabão em pó, escondido em um armário no quintal da casa da própria família.
Segundo a PC-AL, Eduarda apresentou cinco versões diferentes sobre o caso, incluindo uma história de sequestro. Ela revelou onde o corpo de Ana Beatriz estava após ter uma conversa com o advogado de defesa da família.
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A investigação começou com o registro do desaparecimento de Ana Beatriz, feito na última sexta-feira, 11. Na primeira declaração à polícia, Eduarda afirmou que a filha havia sido levada por quatro pessoas armadas em um trecho da BR-101, no Povoado Euzébio, na divisa com Pernambuco. Vizinhos informaram à polícia que ouviram o choro do bebê pela última vez na quinta-feira, 10, um dia antes dessa suposta abordagem.
"Ela deu uma versão de que havia quatro pessoas no veículo, sendo três homens e uma mulher, e que esse veículo teria parado na banqueta da pista e realizado uma abordagem”, afirmou o delegado Igor Diego. “Dois homens teriam descido, teriam tomado a criança dos braços dela à força e esse veículo teria seguido sentido Pernambuco.”
O depoimento da mãe começou a levantar suspeitas depois que três testemunhas relataram informações que não coincidiam com a versão do sequestro. Imagens de câmeras de segurança também enfraqueceram a narrativa inicial.
Ao tomar conhecimento da localização do corpo, a polícia foi à casa da família. Ao receber os agentes, Eduarda passou mal e precisou ser levada de ambulância para um hospital da região. Depois de ser atendida, ela foi encaminhada ao Centro Integrado de Operações da Segurança Pública (Cisp), onde prestaria depoimento.
Um homem chegou a ser detido em Vitória de Santo Antão (PE), depois que a polícia encontrou um carro com características semelhantes às descritas por Eduarda. Dentro do veículo havia placas de outros carros, o que gerou desconfiança. Após prestar esclarecimentos, ele foi liberado e teve a participação descartada.
O pai de Ana Beatriz, um motorista, estava em São Paulo a trabalho e não chegou a conhecer a filha. Após ser informado do desaparecimento, ele voltou para Alagoas para acompanhar as buscas.