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Campanhas de Bush e Gore foram as mais caras da história

Terça, 07 de novembro de 2000, 07h08min
De acordo com o Center for Responsive Politics (CRP), que monitora gastos com campanhas eleitorais e sustenta que a "democracia americana está à venda", esta foi, de longe, a mais dispendiosa eleição da história do país. Os fundos levantados pelas campanhas de George W. Bush e seu rival, o vice-presidente Albert Gore, e por seus respectivos partidos bateram todos os recordes, começando pelos US$ 100 milhões que o candidato republicano gastou nas primárias. Computadas as contribuições para as campanhas ao Congresso, as eleições federais deste ano deverão custar US$ 3 bilhões de dólares, ou quase 50% mais do que o montante arrecadado na disputa de 1996. Nesta soma estão incluidos US$ 236 milhões em fundos federais destinados aos candidatos presidenciais cujos partidos obtiveram mais de 5% da votação popular no último pleito.

O CRP estima que esse número subirá à casa dos US$ 5 bilhões quando forem tabuladas as informações sobre os gastos com campanhas aos 11 governos estaduais, assembléias legislativas, governos locais e a promoção de centenas de causas específicas que serão decididas em referendos municipais e estaduais.

Os defensores do sistema afirmam que o montante impressiona, mas mostra que as eleições continuam a ser relativamente baratas em comparação com outros gastos. Eles lembram por exemplo, que, no ano passado, os americanos gastaram US$ 4,7 bilhões em sabão em pó e US$ 5,6 bilhões em pilhas elétricas. E acrescentam que o sistema tem a vantagem da transparência em comparação com outros países - ou seja, os números podem espantar, mas são divulgados e monitorados pela Federal Election Commission, a agência que preenche algumas das funções do Tribunal Superior Eleitoral no Brasil.

Mas esse argumento não convence Fred Wertheimer, diretor da organização Democracy 21, um dos vários grupos cívicos que lutam por uma reforma das leis de financiamento das campanhas, pois acreditam que a influência do dinheiro sobre a política está solapando a própria democracia. "Desta vez, as folhas de parreira ( que cobriam o corpo político dos EA) desapareceram", disse ele. "Há uma tal sensação de que vale tudo que as pessoas não estão sequer procurando disfarçar o uso maciço de fundos não regulamentados."

Esses fundos, chamados de "soft money", ou dinheiro fácil, permitem que empresas, sindicatos e lobbies contribuam com quantias ilimitadas paran os partidos políticos ou gastem em anúncios pela televisão que defendem ou atacam direta ou indireta um ou outro candidato sob a cobertura da promoção de temas cívicos e o aprimoramento da democracia.

Segundo o CRP, a prosperidade econômica sem precedentes que os EUA vivem e a proximidade das disputas, tanto para a presidência como pelo controle das duas casas do Congresso, são alguns dos fatores que levaram à orgia de gastos na campanha. Mas estudiosos do assunto afirmam que a explosão das contribuições foi alimentada este ano pelo relaxamento das regras sobre "propaganda de temas", que aumentou ainda mais o espaço para abuso deixado pelas leis que autorização o "soft money". Em tese, as corporações estão proibidas de fazer contribuições diretas a candidatos. A primeira lei nesse sentido foi aprovada em 1907.

Indivíduos podem dar até US$ 1.000 por ano para um mesmo candidato e até US$ 5 mil a seus comitês de levantamento de fundos. Mas, na prática, a teoria é outra e ilustram a perda de controle de parâmetros do financiamento das campanhas.

Este ano, pelo menos 20 entidades, entre as quais figuram grandes empresas, sindicatos e lobbies, fizeram contribuições de mais de US$ 1 milhão. A AT&T, por exemplo, deu US$ 1,2 milhões para os democratas e US$ 2,2 milhões para os republicanos. O Citigroup, a empresa controladora do Citibank, preservou suas chances de acesso aos dois partidos, independentemente do resultado das eleições, repartindo US$ 1,4 milhão irmamente entre eles.

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O Estado de S. Paulo

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