A primeira-dama dos EUA, Hillary Rodham Clinton, deve ser eleita hoje senadora pelo Estado de Nova York, segundo as principais pesquisas de opinião. Hillary mantém há semanas uma respeitável - e sólida - vantagem sobre o candidato do Partido Republicano, Rick Lazio. Caso confirme o favoritismo nas urnas, Hillary também terá outro mérito: tornar-se a primeira esposa de um presidente americano - em toda a História - a ocupar uma vaga no Congresso. Até hoje, as primeiras-damas dos EUA dedicavam-se a causas sociais ou comunitárias. Um exemplo é Barbara Bush, esposa do ex-presidente George Bush e mãe do candidato do Partido Republicano à Casa Branca.
Na pesquisa diária do jornal The New York Post, Hillary aparecia ontem com 48,4% das intenções de voto, contra 45,8% de Lazio. Nas sondagens do fim de semana, entretanto, a cadidata democrata superava seu adversário com mais facilidade: na sondagem Daily News/CBS, obteve 47% das intenções de voto, contra 40% do republicano. Na pesquisa do instituto Quinnipac, Hillary contou com 51% das intenções, contra 39% de Lazio.
Último esforço - Ontem, Hillary e Lazio se dedicaram a convencer os eleitores indecisos.
"Preciso da ajuda de vocês por mais 30 horas. É o futuro dos seus filhos que está em jogo", disse Hillary a um grupo de simpatizantes. Sorridente e acompanhada da filha, Chelsea, Hillary comparou a votação ao ato de dirigir.
"Se você quiser dar ré, assinale a letra R (republicanos) na cédula de votação. Se preferir seguir adiante, assinale o D (democratas) e rumará para o futuro com os democratas".
Quando anunciou sua candidatura ao Senado federal, em julho do ano passado, Hillary foi duramente criticada por nunca ter vivido ou trabalhado em Nova York. Mas, para surpresa dos republicanos, a primeira-dama empenhou-se a fundo em ganhar a disputa: estudou cada detalhe da política nova-iorquina e visitou os 62 condados do Estado.
Campanha desordenada - Os republicanos, que gastaram milhões de dólares para tirar Clinton da Casa Branca durante o caso Monica, acreditavam que o prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, seria o candidato perfeito para neutralizar Hillary. No início do ano porém, Giuliani teve de abandonar a disputa para se tratar de um câncer de próstata. Desesperado, os republicanos apostaram suas fichas em Rick Lazio, um congressista "genuinamente nova-iorquino".
O candidato não mostrou o preparo desejado e foi acusado por colegas o de ter "abandonado as zonas eleitorais tradicionalmente republicanas" e ter realizado uma "campanha desordenada e sem sentido".
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