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Marca de elétricos da GWM, Ora passa por reformulação após cair nas vendas

Ação quer alavancar vendas da marca Ora, separando suas operações da irmã Haval

3 jul 2025 - 17h00
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A GWM está promovendo mudanças estratégicas na Ora, sua divisão voltada exclusivamente a carros elétricos. No dia 20 de junho, a fabricante nomeou Lü Wenbin como o novo CEO da marca, substituindo Zhao Yongpo, que acumulava a função com a chefia da Haval. A troca de liderança marca uma tentativa clara de dissociar ambas as marcas, até então geridas conjuntamente.

Ora 03 é o primeiro lançamento elétrico da GWM no Brasil
Ora 03 é o primeiro lançamento elétrico da GWM no Brasil
Foto: GWM/Divulgação / Estadão

Com a chegada de Wenbin, a GWM quer reestruturar a Ora como uma operação independente. Isso inclui a criação de uma rede própria de concessionárias e o lançamento de pelo menos quatro modelos inéditos, rompendo um período de estagnação que já dura quatro anos. "A missão da nova liderança é reposicionar a marca e expandir sua presença com mais consistência", afirmou a empresa.

Reformulação inclui novos modelos e concessionários em pontos estratégicos

Até então, os negócios da Ora estavam tão entrelaçados aos da Haval que surgiram especulações sobre seu fim. Esse rumor, entretanto, foi descartado com o anúncio do novo CEO. Hoje, somente 400 pontos de venda são exclusivos da Ora na China, e estão localizados, em sua maioria, em cidades de pouca expressão. Isso é algo que Wenbin quer reverter.

O único modelo atualmente disponível é o Good Cat (vendido como Ora 03 por aqui), mas suas vendas estão em queda livre. Em 2021, a marca viveu seu auge, superando as 135 mil unidades vendidas, impulsionada pelos Black Cat e White Cat. Esses dois, porém, foram retirados do mercado em 2022 por acumularem perdas em torno de 10.000 yuans (aproximadamente R$ 7.600) por unidade.

Desde então, tentativas como o Ballet Cat e o Lightning Cat, que custam cerca de 200.000 yuans (R$ 152.000), não empolgaram o mercado. A proposta da Ora sempre foi clara: conquistar um público jovem e feminino, algo evidente no design retrô e nas cores delicadas do Ballet Cat. Enquanto isso, as demais marcas da GWM, como Haval, Tank e Wei, migraram para SUVs híbridos e de maior porte.

Mesmo o fundador e CEO da GWM, Wei Jianjun, já indicou sua preferência por outra direção tecnológica: "A energia híbrida definitivamente se tornará o mainstream no futuro, e os veículos elétricos não", afirmou em maio.

Apesar do cenário desafiador, a GWM promete uma nova fase para a Ora. A previsão é lançar dois novos modelos por ano, começando pela versão perua do Lightning Cat, batizada de Travel Edition, exibida em abril no Salão de Xangai. A escolha de Wenbin, engenheiro de formação e ex-diretor técnico da Haval, é vista como essencial para essa nova etapa, sendo o primeiro CEO da marca com forte bagagem em desenvolvimento de produto.

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Estadão
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