Ford Maverick Tremor: teste em viagem de aventura com família em Minas Gerais
Ford Maverick Tremor percorreu 2.563 km em estrada e terra, enfrentando buracos, poeira e subidas em Minas Gerais. Veja impressões e consumo
Foram 2.563 km a bordo do Ford Maverick Tremor em uma viagem que uniu conforto na estrada e robustez no fora de asfalto. O roteiro começou em São Paulo, passou por Londrina, seguiu até Poços de Caldas e depois até Paraguaçu (MG), com direito a percorrer estradas vicinais em fazendas da região. A volta foi pelo mesmo caminho. Antes disso, em maio, já havíamos testado a Maverick Tremor na Patagônia argentina.
Maverick Tremor é uma picape off-road de R$ 239.900
A bordo estávamos cinco pessoas: eu (Cristiane), minhas irmãs Viviane (que dirigiu por 400 km) e Luciane, e nossos pais, Fernando e Mariana. A proposta era simples: colocar à prova se a picape off-road Maverick Tremor, de R$ 239.900 – equipada com motor 2.0 turbo de 253 cv, tração 4x4 inteligente e câmbio automático de oito marchas – seria adequada para uma viagem em família.
Na estrada, Maverick Tremor chegou a fazer 11,2 km/l
No primeiro trecho, de São Paulo a Londrina, com apenas duas pessoas a bordo, o consumo foi de 11,2 km/l. No segundo, de Londrina a Poços de Caldas, já com cinco ocupantes e a caçamba cheia, a média caiu para 10,2 km/l. Nas estradas entre Poços, Paraguaçu e Londrina, com o mesmo peso extra, o número ficou em 9,8 km/l. No retorno para São Paulo, novamente com apenas duas pessoas, repeti a marca de 9,8 km/l.
Notei que, quando não presto atenção no conta-giros – que não é muito visível –, o consumo piora. Em compensação, na estrada simples de Poços a Paraguaçu, sem acostamento e com poucas opções de ultrapassagem, a Tremor mostrou do que é capaz: quando a gente chama, ela responde. Bastava reduzir uma marcha na borboleta atrás do volante para a potência vir com força e segurança.
Poeira, buracos e barrancos com a Maverick Tremor
As estradas de terra das fazendas de Paraguaçu foram a maior prova. Poeira, buracos, barrancos e subidas de pedra exigiram bastante da picape. O amortecedor mostrou equilíbrio: não fica pulando que nem pipoca e, mesmo nas curvas, transmite uma boa sensação de segurança. Como é uma picape monobloco, mais baixa do que as tradicionais, dá confiança para contornar curvas sem receio.
Andei em caminhos esburacados e irregulares com tranquilidade, porque os pneus 235/65 R17 AT são bem “borrachudos” e largos, prontos para enfrentar qualquer terreno. Mesmo nas subidas mais difíceis, a tração 4WD inteligente manteve a firmeza. Como não choveu em Minas Gerais, nem precisei usar os modos de tração.
Bolsas e casacos ficaram debaixo do banco traseiro
Dirigir a Maverick Tremor lembra estar em um carro de passeio. O banco com ajuste elétrico e o volante regulável me deixaram bem posicionada. O diâmetro de giro surpreendeu e é melhor que o do Fiat Toro, o que ajudou muito em manobras em cidades menores.
Dentro, fomos cinco pessoas com bagagens, caixas e, claro, vários doces e queijos mineiros. A caçamba de 943 litros foi fundamental, fácil de abrir e totalmente forrada. Mas entra poeira, e como! Tive que lavar a caçamba para voltar. Como algumas bolsas e casacos ocuparam espaço na cabine, usamos o compartimento embaixo do banco traseiro, que foi uma verdadeira mão na roda.
Atrás, os três passageiros viajaram confortáveis, mas o espaço para as pernas de quem ficou no meio é limitado. O ar-condicionado não tem saídas próprias para trás, mas a força da ventilação deu conta de refrescar todos.
Ah, e testamos até o aquecimento dos bancos, pois meu pai tocou no ícone que tem na tela, sem querer, quando pedi para ele mudar uma música. Só descobri (de forma divertida) quando ele reclamou que não estava aguentando de calor. Afinal, sua picape Fiat Strada – que ele adora e o atende muito bem – não tem dessas modernidades.
A central multimídia Sync 4, com uma “telona” de 13 polegadas, funcionou muito bem com o Waze e Deezer sempre conectados, e foi parceira em todos os trechos.
Mineiros amaram a cor Verde Fuji da Maverick Tremor
Em Minas Gerais, a Maverick chamou a atenção não só pelo tamanho, mas pela cor Verde Fuji. Houve gente que parou para fotografar a picape, e até um grupo de senhoras comentou sobre o tom, achando-o diferente e bonito.
Mais importante do que a curiosidade que despertou, foi a confiança que ela transmitiu. A picape Ford Maverick Tremor conseguiu unir desempenho na estrada, robustez para o off-road e conforto para todos a bordo. Não é perfeita – falta mais espaço traseiro e saídas de ar independentes –, mas mostrou ser uma parceira adequada e segura para uma aventura em família.
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