Fiat Fastback mantém competitividade mesmo com a chegada de novos rivais
Com design passional, portas-malas imbatível e versões turbo, híbridas leves e esportiva Abarth, Fiat Fastback logo terá o primeiro facelift
O Fiat Fastback é um daqueles carros cujo sucesso comercial exige uma visão mais ampla para entender o fenômeno. Desde o seu lançamento, há quase três anos (agosto de 2022), o Fastback mostrou que a Fiat tinha apenas um limão e com ele fez uma ótima limonada. Por isso, hoje o Fastback é o segundo SUV mais vendido da Stellantis, atrás apenas do Jeep Compass.
O segredo está em parte no preço, em parte na potência, em parte na esportividade, em parte na carroceria. É o conjunto da obra e das cinco versões que fizeram o Fiat Fastback chegar a 20 mil vendas no ano, superando outros modelos tanto dentro de casa (Fiat Pulse e Jeep Renegade) como fora (Volkswagen Nivus). Não existe um carro com as características do Fiat Fastback que custe R$ 119.990.
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Para dar uma ideia, o Volkswagen Tera com motor turbo 1.0, similar ao do Fastback T200, custa R$ 116.990, mas com câmbio manual. Para ter um câmbio automático, como o Fastback de entrada, o Tera já sobe para R$ 126.990, perdendo em potência. Sabiamente, a Volks nem citou o Fastback como um concorrente de seu novo modelo crossover urbano.
Subindo a régua, a Fiat já colocou o Fastback Hybrid como o modelo híbrido não plugável mais vendido do Brasil, à frente até do Toyota Corolla Cross, graças às versões Audace e Impetus, que utilizam um sistema MHEV (híbrido leve) de 12 volts – suficientes para que seus proprietários fiquem livres do rodízio e façam uma entrada suave na eletrificação. O Fastback Audace Hybrid custa R$ 155.990 e o Fastback Impetus sai por R$ 165.990.
Essas três versões têm 130 cv de potência com etanol e 125 cv com gasolina. Para quem deseja um carro bem potente, desde o lançamento a Fiat oferece o Fastback Limited Edition, com motor T270 1.3, que teve a potência reduzida e padronizada em 176 cv (etanol e gasolina), a fim de cumprir as exigências de emissões do Proconve L8. Essa versão, que não é esportiva, mas anda como um esportivo, custa R$ 168.990.
O ápice da linha Fastbach é a versão Abarth, aí sim, esportiva de fato, com a potência do T270 mantida em 185 cv com etanol e 180 cv com gasolina. É um carro excelente para viajar, com ótimo comportamento dinâmico, precisão direcional, suspensão rígida, direção direta, ronco forte e design bastante emocional. Seja numa estrada de velocidade ou em trechos sinuosos, o Fastback Abarth convence facilmente até os motoristas mais exigentes.
O sucesso do Fiat Fastback Abarth, que custa R$ 171.990, fez a Volkswagen se mexer e lançar o Nivus GTS, também com uma proposta esportiva, pelo preço de R$ 174.990. Porém, com 30 cavalos a mais e um porta-malas imbatível, de 516 litros, o Fastback Abarth manteve sua competitividade intacta.
Já provamos a competência do Fiat Fastback em várias avaliações e viagens, bem como sua versatilidade, por ser um SUV compacto elevado, com 192 mm de vão livre, o que permite circular por alguns terrenos fora do asfalto, mas o que impressiona neste carro é que tudo que podia ter dado errado acabou dando certo. Tanto que no último trimestre de 2024 ele superou a marca de 100 mil unidades produzidas em Betim (MG).
No Salão de São Paulo de 2018, um dos destaques do estande da Fiat foi o conceito Fastback. Até então a única marca de grande volume sem um SUV para chamar de seu, a Fiat planejou o Fastback a partir do Fiat Toro. A ideia inicial era lançá-lo com um modelo da categoria C (médio), para ser uma opção ao Jeep Compass, deixando o Pulse como crossover da categoria B (junto com o Renegade).
Mas, por sorte, a Fiat mudou de ideia. Manteve o tamanho original, 4,4 metros de comprimento, mas o criou sobre uma plataforma B-SUV, como carro compacto. Isso reduziu os custos de produção, abriu espaço para um porta-malas muito grande, mantendo sua diferenciação para o Pulse, e ainda permitiu que a Fiat o vendesse por preços muito mais acessíveis do que teria se fosse feito na plataforma C-SUV.
O designer Peter Fassbender e o engenheiro Márcio Tonani receberam a missão de liderar o projeto de um carro bom, bonito e desejável, além de confiável, e dentro do menor custo possível.
Com soluções caprichadas em design, Fassbender conseguiu entregar um belo crossover cupê, surpreendente e passional. Na engenharia, Tonani tratou de alongar o assoalho traseiro, inclinar um pouco o encosto do banco de trás e introduzir um eixo mais rígido na suspensão traseira, além de modificar também a suspensão dianteira.
Por sorte, até o nome Fastback, autoexplicável, estava disponível. E assim, em apenas três anos, o Fiat Fastback conseguiu muitas vitórias comerciais. Agora o modelo passará por seu primeiro facelift, recebendo aprimoramentos para continuar sendo um dos modelos mais competitivos da Stellantis na concorrida categoria de SUVs/crossovers compactos.
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