Fiat Cronos Precision em 1.300 km: 16 km/l na estrada e ótimo na cidade
Rodamos mais de 1.300 km entre São Paulo e Londrina com o Fiat Cronos 2026, um sedã automático acessível e com baixo consumo
O Fiat Cronos Precision tem boas novidades na linha 2026 e foi com ele que viajamos de São Paulo a Londrina, um roteiro que passou de 1.300 km devido aos deslocamentos no norte do Paraná. A ida foi com gasolina e a economia de combustível foi ótima: 16 km/l, rodando na faixa de 110 a 120 km/, com o conta-giros na marca de 2.500 rpm.
Esse número é bem melhor do que os 14,6 km/l aferidos pelo PBEV do Inmetro. Vale dizer que a potência do motor 1.3 aspirado com gasolina é de 98 cv e ela só é entregue a 6.250 rpm. O Cronos 1.3, quando embala, consegue ser muito econômico na estrada.
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Em Londrina e num curto deslocamento até Arapongas usamos etanol. A média foi de 8,7 km/l – número próximo ao do Inmetro (8,9). Na viagem de volta também usamos etanol e o carro ficou muito melhor de dirigir, pois a potência subiu para 107 cv. A diferença é nítida e o etanol custava 65% da gasolina (valeu a pena).
A economia de etanol na volta foi de 12 km/l, também melhor do que a marca do Inmetro (10,7). Segundo o computador de bordo, no total de 1.350 km, usando os dois combustíveis, cidade e estrada, a média geral foi de 12,3 km/l. Nesse ponto, o Fiat Cronos Precision 1.3 aspirado mostrou-se competitivo em relação ao único carro da categoria que tem preço para incomodá-lo: Chevrolet Onix Plus 1.0 Turbo AT, que custa R$ 112.270, mas não tem rodas de liga leve.
O Fiat Cronos Precision é um sedã compacto automático com câmbio CVT de 7 marchas. O tipo da transmissão já é indicativo da escolha pelo consumo. Fabricado na Argentina, o Cronos custa R$ 119.000 na versão topo de linha e cumpre bem o que se espera de um sedã familiar compacto e automático, com um porta-malas gigante que abriga mais de 500 litros de bagagens.
Em relação aos outros sedãs compactos automáticos, ele sai mais em conta do que o Hyundai HB20S Turbo (R$ 126.500) e o Volkswagen Virtus TSI (R$ 128.490). Como é o único dos quatro que não tem motor turbo (pois a Fiat não quer canibalizar o Pulse), o Cronos Precision compensa em equipamentos e consumo o que os outros têm na eficiência do motor.
Em relação ao Onix Plus de 112 mil reais, o Cronos de 119 mil entrega itens exclusivos como: câmera de ré, faróis Full LED, faróis de neblina, monitoramento de pressão dos pneus, sensor de estacionamento traseiro, ar-condicionado automático, controlador de velocidade, rodas de liga leve (pneus 195/55 R16), luz no porta-luvas e na traseira do teto e termômetro do líquido do radiador.
E mais: o Cronos tem o acionamento do comando do motor por corrente e não por correia dentada banhada a óleo, que é um item de rejeição do Onix Plus. No uso urbano, o Cronos Precision é perfeito. Para uso em viagens, tem itens que seus concorrentes diretos não têm. Por isso, seu foco é mais familiar.
Mas há alguns pecados que o Fiat Cronos traz desde o seu lançamento. O mais grave é a ausência de airbags de cortina para proteger os ocupantes da traseira (dessa vez não fez falta, pois viajamos em duas pessoas). Outro item que faz falta é o ajuste de profundidade do volante de direção, ainda que a posição elevada do banco agrade a muitos motoristas.
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Finalmente, vale lembrar que o Fiat Cronos não tem apenas a versão Precision. Há outras, mais baratas e com propostas diferentes. É uma pena que ele não tenha mais um motor de maior potência, como o 1.8 da antiga versão HGT.
O Cronos ainda é um carro bonito, simpático e cumpridor. O resto é questão de posicionamento no mercado para ter lucro no produto.
