Coleção com 46 Ferraris raros vai a leilão após morte de dono e vale uma fortuna
Coleção multimilionária tem 46 carros e maioria na cor amarela; leilão acontece em janeiro de 2026
Ver uma Ferrari na rua é uma raridade. Ter uma então, quase impossível. Agora, imagine não apenas uma, mas 46 Ferraris reunidas em um único endereço. Esse foi o caso do empresário norte-americano Phil Bachman, que construiu uma das coleções mais impressionantes da marca italiana, mas que será leiloada em janeiro de 2026.
Contudo, o motivo da venda é triste: Bachman, que também era dono de várias concessionárias de marcas como Nissan, Jeep, Renault, Ram, Cadillac e DeLorean, faleceu em agosto deste ano, aos 88 anos. Com isso, a família decidiu colocar toda a coleção à venda em um evento organizado pela Mecum, marcado para o dia 17 de janeiro de 2026, em Orlando (EUA). Os carros serão leiloados individualmente, e embora ainda não haja valores mínimos divulgados, é certo que os lances ultrapassarão facilmente a casa dos milhões de dólares.
Coleção reune Ferraris clássicas de diversos modelos
A coleção inclui ícones como 365 GTB, Testarossa, 360 Challenge Stradale, 575M Superamerica e Dino, além de verdadeiras joias como duas Ferrari F40 1992 (configuradas para o mercado americano), uma F50 1995, uma Enzo 2003 e exemplares das exclusivas LaFerrari e LaFerrari Aperta. Um dos pontos altos é a raríssima Ferrari FXX 2006, integrante do programa FXX da marca, um projeto voltado a clientes especiais que testam tecnologias experimentais para futuros supercarros. Somente 30 unidades do modelo foram produzidas, e a de Bachman é a única com pintura amarela original de fábrica.
Sob o capô, a FXX abriga um V12 6.3 naturalmente aspirado que entrega até 811 cv e trabalha com um câmbio automatizado de seis marchas e dupla embreagem, capaz de realizar trocas em meros 0,1 segundo. A cor amarela, aliás, era uma espécie de assinatura do colecionador: quase todas as suas Ferraris foram encomendadas nesse tom, que se tornou marca registrada de sua garagem.
Apesar disso, algumas exceções aparecem nos anúncios da casa de leilões, como modelos em vermelho, verde-escuro, cinza e até marrom. Além das Ferraris, também serão oferecidos dois Alfa Romeo 8C, um Spider e outro Competizione. Entre as Ferraris mais recentes da coleção estão a F12 TDF e a LaFerrari Aperta, ambas 2017 e equipadas com o mesmo V12 6.3, embora com potências distintas: 781 cv e 71,9 kmkgf na F12 tdf, e 800 cv e 71,4 mkgf na LaFerrari Aperta.
Ferrari mais 'rodada' tem 124 mil km
A mais antiga do acervo é uma Ferrari 166 MM/53 Vignale Spyder, de 1953, equipada com um V12 2.0 de 162 cv e câmbio manual de cinco marchas. Curiosamente, o primeiro carro da coleção não foi esse, mas uma Ferrari 308 GTS Quattrovalvole 1984, comprada quando Bachman tinha 46 anos e ainda trabalhava como vendedor de automóveis em Washington. O modelo trazia um V8 3.0 aspirado de 237 cv e 26,6 mkgf, capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 6,7 segundos e atingir 255 km/h.
Outro detalhe que impressiona é o estado de conservação da frota. Muitos exemplares têm quilometragem baixíssima, como a 458 Speciale A 2015, por exemplo, rodou apenas 92 km, enquanto a veterana 250 GT/L Berlinetta Lusso 1964 é a mais rodada, com "apenas" 124 mil km acumulados em mais de seis décadas.
A coleção de Phil Bachman promete ser um dos leilões mais disputados e valiosos da história recente da Ferrari.
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