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Olimpíada 2016

Prefeito do Rio critica preparação para Olimpíada: "é uma vergonha"

21 ago 2013 - 17h04
(atualizado às 17h28)
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<p>Eduardo Paes criticou preparação dos atletas brasileiros para a Olimpíada e teme qual será o legado esportivo após os Jogos de 2016</p>
Eduardo Paes criticou preparação dos atletas brasileiros para a Olimpíada e teme qual será o legado esportivo após os Jogos de 2016
Foto: Getty Images

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, criticou as exigências feitas para a Olimpíada do Rio, em 2016. Ao programa Juca Entrevista, da ESPN, ele lamentou a falta de preparação do País para receber o evento e se mostrou receoso quanto aos bons resultados dos atletas nos Jogos. Segundo Paes, o papel da prefeitura é deixar um legado para a cidade após a Olimpíada, e não se preocupar com o alto rendimento.

"Eu acho uma vergonha o Brasil receber uma Olimpíada e não estar preparado. Não é papel da prefeitura pagar o alto rendimento, meu papel é a universalização da prática esportiva: vila olímpica e educação física nas escolas. O papel do alto rendimento é do governo federal, mas eu criei o que eu chamo de Time Rio para fortalecer um grupo de medalhistas que tem capacidade de trazer medalhas nos Jogos. Eu não acho que os resultados vão ser bons, eu não sou especialista, mas não acho que vamos bem, mas isso eu deixo para o Aldo (Rebelo, ministro do Esporte) e Nuzman (presidente do Comitê Olímpico Brasileiro)", disse.

Veja momento em que Papa abençoa bandeira olímpica no RJ:

"O meu papel é o que vai ficar para a cidade depois. Quem está pagando a conta do Centro Olímpico brasileiro não é o governo federal, está na conta da prefeitura do Rio. Eu quero deixar um legado que seja utilizado depois dos Jogos pelos atletas. Tem lá quatro equipamentos que vão ser pagos pelo Governo Federal. O resto todo é da Prefeitura. Urbanização do Parque Olímpico, Centro Olímpico de Treinamento...E isso é um debate. Eu quero saber para quem vou entregar: para o Ministério do Esporte ou para o Comitê Olímpico Brasileiro? É um superequipamento. Não entrego um equipamento sem que haja um modelo, que não é uma discussão carioca, é uma discussão nacional. O legado da olimpíada é isso aqui. Como vai gerir isso aqui? Quem dá sustentabilidade para isso aqui? Ou vai virar lugar para ter cartola se locupletando, colocando prima para cuidar de bar...".

O prefeito admitiu também que não tinha a intenção de construir uma nova sede para o golfe. Ele rechaçou que o uso do local esteja ferindo leis ambientais e disse que criou uma estratégia para tornar o local rentável com a construção de prédios, para atender as exigências da Confederação Internacional de Golfe (IGF).

"Eu sempre achei que o mais óbvio seria fazer a competição de golfe no Itanhangá, onde já existe um campo. Eu recebi uma carta da Confederação Internacional de golfe dizendo que o Itanhangá não apresentava as condições ideais, mesmo com as obras que a gente poderia fazer ali. Não queria ter que construir um outro campo de golfe, gastar R$ 70 ou 80 milhões do dinheiro público em um esporte que não é popular no Brasil, mas tive que fazer. Criamos uma estratégia com a construção de prédios para cobrir o valor do campo de golfe. Ali também não é uma área de preservação ambiental como muitos acham, aquela é uma área que já foi uma cimenteira, totalmente degradada", afirmou.

Fonte: Lancepress! Lancepress!
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