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Jogos de Paris

Paris-2024: quem é o sueco de 24 anos que pode superar o recorde olímpico de Thiago Braz?

Armand Duplantis é um fenômeno, tem a melhor marca mundial desde 2020 e já a superou oito vezes desde então

23 abr 2024 - 09h38
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Armand Duplantis tem 24 anos, mas já voa alto. Cada vez mais. O sueco é detentor do recorde mundial do salto com vara há quatro anos e supera a própria marca desde então. Ele teve acrescentou um centímetro no número, que agora está em 6,24 metros, neste sábado, dia 20, na etapa de abertura da Liga Diamante, em Xiamen, na China. O atleta é um dos favoritos para o ouro olímpico nos Jogos de Paris-2024, entre julho e agosto.

Esta foi a oitava vez que Duplantis melhorou a própria marca desde que se tornou o detentor do recorde, até então pertencente ao francês Renaud Lavillenie. A mais recente superação havia sido em setembro de 2023, em Eugene, nos Estados Unidos. Depois, ele tentou duas vezes uma nova marca, em disputas em indoor em Clermont-Ferrand e em Glasgow, mas sem sucesso.

O jovem tinha 20 anos quando quebrou o recorde mundial. Na época, ele era o vice-campeão do Mundial, que havia tido a última edição em 2019, em Doha, no Catar. Um ano após assumir a marca, Duplantis ficou com o ouro nos Jogos de Tóquio-2020. A ambição, porém, foi um salto maior do que ele pôde dar. O sueco foi campeão com 6,02 metros, apenas um centímetro a menos que o recorde olímpico em vigor, do brasileiro Thiago Braz, na Rio-2016. Ele ainda tinha três chances, mas logo na primeira levantou o sarrafo para 6,19 metros, a fim de superar o próprio recorde mundial, mas não conseguiu.

Depois de Tóquio-2020, Duplantis foi campeão mundial em 2022. No torneio disputado em Eugene, nos Estados Unidos, ele já havia chegado a 6,20 metros e foi campeão com 6,21 metros. O bicampeonato veio em Budapeste, na Hungria, em 2023, mas sem recorde: "apenas" 6,10 metros. Em Mundiais indoor, o sueco saiu vencedor em Belgrado, na Sérvia, em 2022, e em Glasgow, na Escócia, no começo deste ano.

Duplantis nasceu nos Estados Unidos, filho de pai norte-americano e mãe sueca, ambos com histórico no atletismo. Ele começou no esporte aos 4 anos. Os dois irmãos velhos de Duplatis também já praticavam esportes. Um deles, Andreas, representou a Suécia nos Mundias Juvenis de 2009 e 2012.

Em 2015, aos 16 anos, Duplantis já estabelecia recordes a níveis do esporte escolar (o "high school" nos Estados Unidos). No mesmo ano e com dupla cidadania, foi anunciada a escolha por representar a Suécia. A primeira disputa oficial foi no Campeonato Mundial Juvenil de Atletismo de 2015.

O recorde olímpico tem 21 centímetros a menos que o mundial, com 6,03 metros. O brasileiro Thiago Braz conquistou o ouro nos Jogos do Rio-2016 ao estabelecer a marca. Na disputa pelo título, ele enfrentou o Renaud Lavillenie, que alegou ter sido prejudicado por vaias no Estádio Nilton Santos.

Para Tóquio-2020, Braz não vinha em bom ciclo olímpico, sem títulos mundiais ou pan-americanos. Ainda assim, ele foi consistente para chegar na final. O brasileiro ficou com o bronze, enquanto o norte-americano Christopher Nilsen foi prata, e Duplantis, ouro.

Nos últimos anos, Braz conquistou uma prata no Mundial indoor de 2022, superado por Duplantis mais uma vez. No Mundial de Atletismo do mesmo ano, o brasileiro teve a melhor posição da história do País em Mundiais de pista aberta no salto com vara, com o 4º lugar.

Uma suspensão por doping, em julho de 2023, tirou Braz do esporte. A testagem do atleta positivou para ostarina, uma substância utilizada para aumento da massa muscular. A punição ao brasileiro pode chegar a quatro anos e, portanto, ele não estará em Paris. O caminho está aberto para que Duplantis firme o recorde olímpico e conquiste mais uma medalha de ouro.

Estadão
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