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Mercedes pede à FIA métrica justa para conter quiques: "Ninguém quer deixar de correr"

A Mercedes sabe que a diretiva técnica da FIA para conter os saltos dos carros a coloca na berlinda, então torce para que a entidade encontre o jeito certo para que ninguém seja impedido de correr em 2022

5 jul 2022 - 11h18
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Lewis Hamilton sofreu muito com os quiques no Azerbaijão
Lewis Hamilton sofreu muito com os quiques no Azerbaijão
Foto: Mercedes / Grande Prêmio

A Mercedes é o principal exemplo quando o assunto são os quiques dos carros da Fórmula 1 2022, tanto que a cena de Lewis Hamilton mal conseguindo sair do carro após o GP do Azerbaijão chamou a atenção da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), que decidiu atender ao apelo de outros pilotos e determinar um limite para as oscilações verticais dos carros na pista. Mas a base em Brackley está preocupada sobre a forma como a diretriz técnica será aplicada, de modo a não interferir na disputa do campeonato.

A métrica passaria a valer já no Canadá, mas foi adiada para a França, uma vez que a entidade resolveu coletar mais dados das equipes. A FIA chegou a liberar o uso de um suporte extra no assoalho em Montreal, mas a decisão causou polêmica e logo foi proibida para a corrida seguinte, na Inglaterra.

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A Mercedes demostrou um salto de desempenho na Inglaterra (Foto: LAT/ Mercedes)

A aplicação da diretiva, no entanto, ainda é muito discutida entre os chefes de equipe, principalmente porque pode resultar em desclassificação no fim de semana de GP, caso o time se recuse a subir a altura do bólido, mesmo sendo comprovado que os quiques prejudicariam o piloto. O diretor-técnico da Mercedes, Mike Elliot, argumentou que nenhum dos chefes das dez equipes que hoje compõem o grid gostaria de ver uma rival ser impedida de correr por causa dos saltos do carro.

"Nenhum de nós quer estar pulando, e tenho certeza de que [as equipe rivais] diriam exatamente o mesmo, então estamos buscando evoluir nesse assunto", disse. "Outra questão é a seguinte: se você estiver acima da métrica, vai conseguir corrigir mesmo durante um fim de semana de corrida? Porque não acredito que alguém queira ver carros sendo impedidos de correr por causa disso", opinou.

"Acho que o tempo dirá se essa métrica poderá ser feita do jeito certo, ajudando as equipes sem prejudicar as corridas, vamos ver o que acontece. E acredito que a FIA está consciente sobre isso", completou.

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Elliot, no entanto, sabe que a aplicação da métrica coloca diretamente a Mercedes na berlinda, uma vez que é a equipe que mais sofre com saltos — ou sofria, já que Toto Wolff garantiu que o porpoising não é mais problema, e as Flechas de Prata ainda mostraram um salto de performance nas duas últimas corridas, no Canadá e na Inglaterra. O diretor admitiu, inclusive, que a equipe não teria corrido em Baku, caso a determinação já estivesse valendo.

"Pelo que ouvimos da FIA, [a diretiva técnica] ainda precisa ser construída para resolver como vai ser trabalhada na prática. Se olharmos para as corridas usando essa métrica, acho que não teríamos passado em Baku. Mas na Inglaterra, se vermos o lugar onde estávamos, nem teríamos precisado dela. Acho que é difícil [determinar como será a diretiva técnica]", finalizou o diretor-técnico.

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