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PIB de 2025 será menor devido aos efeitos da taxa de juros mais elevada, prevê Fazenda

Apesar de resultado mais fraco, secretário Guilherme Mello, de Política Econômica, diz que situação é 'positiva do ponto de vista de atividade' e que crescimento se mantém 'próximo do seu potencial'

7 mar 2025 - 12h21
(atualizado às 14h52)
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Mello avaliou que o resultado do PIB de 2024 foi muito positivo por trazer um crescimento expressivo de investimentos
Mello avaliou que o resultado do PIB de 2024 foi muito positivo por trazer um crescimento expressivo de investimentos
Foto: Werther Santana/Estadão / Estadão

O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, avaliou ao Estadão/Broadcast que o crescimento do PIB em 2025 será menor do que em 2024, refletindo os efeitos defasados da política monetária com a taxa Selic mais contracionista. Esse impacto já se fez notar desde o último trimestre de 2024. Para este ano, a projeção é de avanço de 2,3%.

"Nós esperamos que neste ano de 2025 o crescimento do PIB seja menor que o de 2024, exatamente pelos efeitos defasados da política monetária, mas ainda um crescimento robusto para uma economia que está com a menor taxa de desemprego da sua história, maior nível de massa salarial, então ele está numa situação positiva do ponto de vista de atividade. O crescimento de 2025 deve sustentar o Brasil, que se mantém com um crescimento próximo do seu potencial", avaliou.

A expectativa da SPE é a de que o primeiro e segundo trimestres deste ano sejam positivos, especialmente em função de uma safra muito boa. "O ano de 2025 deve ter, provavelmente, a maior safra da história, o que movimenta não só o setor agropecuário, como também o setor de serviços, armazenamento, transporte e o próprio setor industrial de máquinas e implementos agrícolas", disse.

A expectativa é que a primeira metade do ano seja bastante forte, mas puxada pelo agro, que não teve um bom desempenho em 2024. "Isso também deve ajudar na questão do preço dos alimentos, uma boa safra com mais oferta de alimentos deve reduzir a pressão sobre o preço de alimentos", pontuou.

Investimentos

O secretário avaliou que o resultado do PIB de 2024 (um crescimento de 3,4%) foi muito positivo do ponto de vista da composição e também por trazer um crescimento expressivo de investimentos.

Mello ressaltou que o desempenho da economia brasileira em 2024 representa "uma surpresa muito boa" em relação às expectativas do mercado no início do ano, que esperava algo em torno de 1,5%. Os 3,4% de avanço do PIB refletem o aumento dos rendimentos do trabalho, mas principalmente retomada de investimentos e melhora de composição.

"No ano anterior (2023), apesar do PIB ter crescido 3,2%, a gente tinha observado uma queda nos investimentos. Este ano (2024), não. É um PIB um pouco maior, só que com um crescimento do investimento expressivo, mais de 7% de avanço no ano", afirmou.

Mello destacou a recuperação da indústria, que é um setor dinâmico e que gera bons empregos, e o resultado expressivo de serviços, que compensaram o desempenho da agropecuária. Para esse setor, 2024 foi um ano marcado pela quebra de safra, pela crise climática e por uma safra menor do que a de 2023. "Do ponto de vista de composição também, foi um PIB muito positivo, muita gente não acreditava na capacidade da indústria e dos investimentos se recuperarem, e eles mostraram muita força em 2024?, avaliou.

Estadão
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