Alta demanda por imóveis de 2 quartos impulsiona oportunidades para investidores
Com juros elevados e acesso ao crédito mais restrito, o perfil do mercado imobiliário vem mudando: o aluguel cresce enquanto a casa própria recua. Segundo o IBGE, entre 2016 e 2024, a proporção de lares alugados subiu de 18,4% para 23%, enquanto a de imóveis próprios quitados diminuiu de 66,8% para 61,6%. Além disso, dados recentes do FipeZAP, indicador do mercado imobiliário que acompanha a variação dos preços de imóveis à venda e para locação no Brasil, mostram que, no 1º semestre de 2025, o aluguel residencial valorizou 5,66 %, e acumulou 11,02 % nos últimos 12 meses.
Esse movimento amplia a base de demanda por moradias em regime de locação, sobretudo por unidades que acomodam famílias e casais em formação, e não apenas ocupantes individuais. Segundo Rafael Steinbruch, Head de Real Estate e cofundador da Yuca, gestora especializada em imóveis residenciais para locação, a escassez desses imóveis e o comportamento de mercado gera uma oportunidade clara para investidores.
“Com o aumento da taxa de juros, famílias que antes eram potenciais compradoras, hoje não conseguem mais obter financiamento. Com isso, elas passam a ser locatárias. A combinação de alta demanda e oferta limitada torna unidades de 2 quartos prontas para morar altamente ocupadas e com potencial de valorização consistente, principalmente em regiões centrais”, comenta.