IBGE: 35 cidades de SP estão entre as 100 maiores economias do Brasil
Capital paulista lidera ranking com 9,7% do PIB nacional; setor de serviços impulsiona resultado
Segundo o IBGE, 35 cidades de São Paulo estavam entre as 100 com maior PIB do Brasil em 2022, destacando-se a capital com 9,7% do PIB nacional impulsionado pelo setor de serviços; já em 2023, o número caiu para 32 municípios devido a oscilações econômicas e revisões nas contas regionais.
O Estado de São Paulo concentra a maior força econômica municipal do País. Dos 645 municípios paulistas, 35 figuram entre as 100 cidades com maior Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, segundo a pesquisa Produto Interno Bruto dos Municípios 2022–2023, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 19.
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O destaque é a capital paulista, que lidera o ranking nacional e responde sozinha por 9,7% de todo o PIB brasileiro. O resultado é explicado, principalmente, pelo forte desempenho do setor de serviços, que segue como o principal motor da economia da cidade e concentra atividades financeiras, empresariais, tecnológicas e de comércio em larga escala.
De acordo com o IBGE, a presença maciça de municípios paulistas entre os maiores PIBs do País reflete a diversificação econômica do Estado, que reúne polos industriais, logísticos, tecnológicos e de serviços de alta complexidade. Além da capital, cidades da Região Metropolitana de São Paulo, do interior e do litoral aparecem com destaque no ranking nacional, sendo 35 delas entre as 100 com maior PIB do Brasil. Veja quais são:
Cidades de SP entre as 100 com maior PIB em 2022
- São Paulo
- Osasco
- Guarulhos
- Campinas
- São Bernardo do Campo
- Barueri
- Paulínia
- Jundiaí
- São José dos Campos
- Sorocaba
- Ribeirão Preto
- Piracicaba
- Santo André
- Santos
- Cajamar
- Indaiatuba
- Cubatão
- São José do Rio Preto
- Mogi das Cruzes
- Mauá
- Taubaté
- São Caetano do Sul
- Hortolândia
- Diadema
- Limeira
- Bauru
- Louveira
- Jacareí
- Cotia
- Sumaré
- Suzano
- São Carlos
- Itu
- Araraquara
- Franco da Rocha
Em 2023, houve uma queda para 32 municípios paulistas entre os 100 com maior PIB no Brasil. A queda é explicada por oscilações nos setores da indústria e serviços. Também houve mudança relativa de municípios de outros estados, e atualização das contas regionais feitas pelo IBGE.
Os dados apontam que os municípios com maior PIB não são, necessariamente, os mais populosos, mas aqueles que possuem mais atividades econômicas estratégicas. Em São Paulo, pesam fatores como infraestrutura logística, proximidade com grandes mercados consumidores, parques industriais, refinarias, centros de pesquisa e cadeias produtivas integradas.
PIB per capita
Outro indicador que chama a atenção é o PIB per capita. Embora a capital lidere em volume total de riqueza gerada, cidades menores de São Paulo aparecem entre as mais ricas do país quando se considera a divisão da produção econômica pelo número de habitantes.
Entre os municípios paulistas com maior PIB per capita estão Paulínia (4ª posição no ranking nacional), Ilhabela (6ª), Louveira (8ª), Gavião Peixoto (11ª) e Queiróz (14ª). Em comum, essas cidades concentram atividades industriais específicas, como refinarias, complexos petroquímicos, indústria aeronáutica ou turismo de alto valor agregado.
Segundo o IBGE, o setor de serviços continua sendo o principal componente do PIB na maioria dos grandes municípios brasileiros, especialmente nos centros urbanos mais desenvolvidos.
Em São Paulo, essa característica se intensifica, reforçando o papel do estado como centro financeiro e de negócios do país. A indústria aparece como segundo principal motor econômico em diversas cidades paulistas, enquanto a agropecuária tem maior peso em municípios do interior.
Desigualdades regionais
Os dados também evidenciam a desigualdade regional na distribuição da riqueza no Brasil. Enquanto São Paulo concentra um número expressivo de municípios entre os maiores PIBs, outras regiões do país têm a participação mais pulverizada, com poucos municípios no topo do ranking nacional.
A pesquisa do IBGE considera o valor adicionado bruto dos setores econômicos como agropecuária, indústria e serviços, além dos impostos sobre produtos, para calcular o PIB municipal.