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Galípolo diz que BC segue "dependente de dados" para definir juros e cita suavização da atividade

25 set 2025 - 12h29
(atualizado às 13h59)
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O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta quinta-feira que a instituição segue "dependente de dados" para definir a trajetória dos juros e, ao mesmo tempo, pontuou que há uma convergência da economia para um cenário de suavização da atividade.

Durante entrevista coletiva em Brasília, Galípolo afirmou que o uso do termo "bastante prolongado" ao se referir à política monetária contracionista mostra que o BC segue dependente de dados.

"A questão de o que significa o 'bastante prolongado', acho que isso conversa com o que a gente tem feito e tem comunicado, esse é um Banco Central que segue dependente de dados", disse, ressaltando que mostrar a dependência de dados é um sinal de humildade do BC diante do ambiente de incerteza.

O BC decidiu neste mês manter a taxa Selic em 15% ao ano, ressaltando que seguirá vigilante, avaliando se a manutenção desse nível por período bastante prolongado é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta.

Na coletiva, Galípolo acrescentou que a retirada do termo "continuidade da interrupção" do ciclo de alta de juros do comunicado do Copom se deu porque "parecia ficar um pouco extemporâneo" mantê-lo no documento, "ainda que siga a ideia de que estamos dependentes de dados".

Ao reafirmar o incômodo dos diretores do BC com a desancoragem das expectativas de mercado para a inflação, ele enfatizou mensagem apresentada pelo Copom de que a autarquia segue o "mantra" de perseverança, firmeza e serenidade na atuação da política monetária.

O presidente do BC disse que dados como o da expectativa de inflação e do mercado de trabalho apertado dão convicção ao BC de que está seguindo o caminho certo ao indicar manutenção dos juros básicos por período prolongado.

O diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, por sua vez, afirmou não ter dúvidas de que a política monetária está surtindo efeito.

Em relação a comentários de membros da equipe econômica do governo Luiz Inácio Lula da Silva sobre o nível elevado dos juros atingindo a atividade econômica e a arrecadação tributária, Galípolo afirmou que as opiniões são legítimas, ponderando que o BC toma suas decisões de maneira autônoma.

NOVOS DIRETORES

Galípolo ainda disse não ter conversado com Lula sobre os dois novos nomes a serem indicados para a diretoria do BC e ressaltou que a decisão cabe ao presidente.

Os mandatos dos diretores de Política Econômica, Diogo Guillen, e de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução, Renato Gomes, terminam em dezembro deste ano.

O presidente do BC ainda destacou que em seu mandato, a autarquia responde menos à personalidade dos componentes do Copom e mais aos dados.

Em relação às mudanças avaliadas para o sistema de crédito imobiliário diante do enxugamento da caderneta de poupança no país, Galípolo disse que é necessário preparar o novo modelo o quanto antes.

Ao afirmar que o processo decisório sobre o tema ainda está em construção, ele afirmou que quanto mais a solução demorar a ser apresentada, menos instrumentos haverá para que seja feita uma transição.

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