Como é o processo de auditoria da Mega da Virada?
Sob suspeitas e teorias recorrentes, a Caixa detalha como funciona a fiscalização do sorteio mais esperado do ano
Com a chegada do fim do ano, vêm também os marcos tradicionais da época: as confraternizações, o Natal, o Ano Novo -- e a expectativa de se tornar milionário. A Mega da Virada, maior concurso das Loterias Caixa, movimenta milhões de apostas e também uma enorme quantidade de teorias sobre sua idoneidade. Diante das dúvidas, a Caixa Econômica Federal detalha como funciona a auditoria do sorteio e quais mecanismos garantem a integridade do processo.
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Como funciona a auditoria do sorteio
Apesar das transmissões ao vivo no YouTube da Caixa e na página das Loterias no Facebook, ainda circulam dúvidas sobre a fiscalização do sorteio. A instituição destaca que há regras rígidas. A cada sorteio, pessoas da plateia são selecionadas para acompanhar todas as etapas: a abertura das maletas, onde ficam as bolas; o carregamento dos globos; a conferência dos números retirados; e o fechamento das maletas ao final. Funcionários da Caixa e donos ou empregados de casas lotéricas não podem ser escolhidos para evitar conflitos de interesse.
Nos grandes concursos, como a Mega da Virada, fiscais do Ministério da Fazenda também acompanham o processo. Segundo o banco, os protocolos de segurança seguem padrões internacionais, como o selo ISO 27.001, que certifica sistemas robustos de gestão de segurança da informação. A Caixa também é credenciada à World Lottery Association, organização que monitora boas práticas de loterias em diversos países.
Maletas lacradas com rigor técnico
Um dos elementos centrais da auditoria é o controle das maletas que guardam as bolas. "Ao final de cada aferição, as maletas são lacradas em laboratório, com rigor científico, o que não poderia ser feito no próprio local do sorteio", diz a Caixa. Esses lacres só são rompidos no momento do sorteio, sempre diante do público e dos auditores selecionados.
As bolinhas têm pesos diferentes?
Um dos boatos mais persistentes é o de que algumas bolas seriam mais leves ou mais fáceis de serem sorteadas. Segundo a Caixa, trata-se de “uma das principais fake news espalhadas às vésperas dos sorteios”.
"Todas as bolinhas utilizadas nos sorteios das Loterias Caixa são fabricadas em borracha maciça e possuem o mesmo peso e diâmetro, de 66 gramas e 50 milímetros, respectivamente", informou o banco. A instituição afirma que essas características são verificadas regularmente por um instituto de metrologia especializado, responsável por atestar a integridade e a aleatoriedade dos sorteios. O objetivo é garantir que cada bola tenha as mesmas condições físicas e, portanto, a mesma probabilidade de ser sorteada.