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Brasil bate recorde de energia solar instalada em 2024, mas continua em 6º no ranking mundial

China responde por mais da metade de toda a energia solar fotovoltaica adicionada no mundo no ano passado

7 mai 2025 - 19h36
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No ano de 2024, o Brasil bateu o recorde de capacidade de energia solar instalada, segundo relatório divulgado na terça-feira, 6, pela SolarPower Europe, associação europeia que representa as empresas do setor. Foram 18,9 GW, 21% a mais do que havia sido adicionado em 2023, de 15,6 GW. Apesar do grande avanço, o País permanece em sexto no ranking mundial.

Parque solar da empresa Enel Green Power na cidade de Bom Jesus da Lapa (BA)
Parque solar da empresa Enel Green Power na cidade de Bom Jesus da Lapa (BA)
Foto: Daniel Teixeira/Estadão / Estadão

Entre os que mais adicionaram essa matriz energética, o Brasil ficou em quarto lugar, uma posição a menos do que em 2023, quando avançou 15% em relação ao ano anterior e figurou em terceiro, atrás dos Estados Unidos, o segundo, que havia avançado 54%, e da China — de longe, a líder do ranking, com avanço de 56% em 2023.

Ainda segundo o relatório, em 2024, as novas instalações globais de energia solar fotovoltaica estabeleceram outro recorde, atingindo 597 GW - um aumento de 33% em relação a 2023 e 148 GW a mais do que no ano anterior. Mais da metade desse total, 329 GW, foram instalados pela China, que ampliou ainda mais a sua vantagem nesse tipo de matriz energética em relação aos outros países.

Os dados indicam ainda forte avanço dos EUA, que adicionaram um recorde de 50 GW, representando um aumento de 54% em relação ao ano anterior. Proporcionalmente, quem mais evoluiu foi a Índia, que ampliou em 145% o total adicionado em 2024 no comparativo com o ano anterior. Foram 30,7 GW de novas instalações no ano passado, mais do que o dobro do total de 2023, com 12,5 GW. Confira o ranking abaixo.

Essa forte evolução na quantidade de energia solar fotovoltaica instalada levou a Índia alçar o posto de terceira colocada em capacidade instalada em todo o mundo, ultrapassando a Alemanha, que estava em quinto e subiu para quarto; e o Japão, que até 2023 figurava na terceira colocação e caiu para quinto. O Brasil, assim como em 2023, continua na sexta colocação, e os demais mantiveram as suas posições. Confira o ranking atual abaixo.

Brasil e previsões

O relatório indica que o Brasil passa por condições macroeconômicas desafiadoras, sobretudo pelo aumento nas tarifas de importação aplicadas aos módulos fotovoltaicos solares em 2024 e pelas altas taxas de restrição de geração. Apesar disso, a previsão para o ano passado foi superada.

Segundo os autores do estudo, o Brasil continua a consolidar sua posição como uma potência solar regional, particularmente na geração distribuída. "Embora os altos preços da eletricidade, os abundantes recursos solares, os leilões e as regras favoráveis de net-metering (medição líquida) tenham sido a base da história de sucesso solar do país, 2025 significará uma pausa", escrevem os autores.

A previsão é de que o mercado brasileiro adicione mais 19,2 GW à atual potência instalada. "Essa estagnação será causada principalmente por ajustes de políticas nas regras de autoconsumo e atrasos nas conexões de rede para geração distribuída. As limitações da infraestrutura de transmissão são desafios notáveis para projetos de grande escala", diz o estudo.

"O crescimento acelerado da energia solar é tendência mundial e o avanço brasileiro nesta área é destaque internacional. O Brasil possui um dos melhores recursos solares do planeta e assume cada vez mais protagonismo neste processo de transição energética e combate ao aquecimento global", afirma Rodrigo Sauaia, CEO da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), em nota emitida pela entidade.

Já Ronaldo Koloszuk, presidente do conselho de administração da Absolar, o crescimento da energia solar no Brasil se deve ao grande potencial da fonte e à capacidade do mercado de superar desafios. Ele destaca que a maior utilização da energia solar é essencial para fortalecer a economia, promover a sustentabilidade, atrair investimentos, gerar negócios e empregos verdes, além de aumentar a renda da população.

Estadão
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