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Banco Central mantém Selic em 15% ao ano, alinhado a expectativas do mercado

Apesar de não ter sido reajustada para cima, a Selic está no maior nível em quase 20 anos

17 set 2025 - 18h33
(atualizado às 19h21)
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Resumo
Banco Central mantém a taxa Selic em 15% ao ano, maior nível em quase 20 anos, devido a incertezas externas e inflação acima da meta esperada para 2025 e 2026.
A Selic é definida pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central
A Selic é definida pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu por manter a Selic em 15% ao ano, na reunião que terminou nesta quarta-feira, 17. A manutenção da taxa básica de juros neste percentual já era esperada de forma unânime por analistas do mercado financeiro, assim como já havia sido sinalizada pelo Comitê na ata da reunião anterior

No comunicado da reunião desta quarta, o Copom destacou que o ambiente externo se mantém incerto em função da relação econômica com os Estados Unidos. "Consequentemente, o comportamento e a volatilidade de diferentes classes de ativos têm sido afetados, com reflexos nas condições financeiras globais. Tal cenário exige particular cautela por parte de países emergentes em ambiente marcado por tensão geopolítica", escreveu o Comitê. 

Com relação ao cenário doméstico, o destaque vai para o mercado de trabalho, que ainda mostra dinamismo, apesar dos indicadores de atividade econômica estarem apresentando moderação no crescimento. Nesta terça-feira, 15, inclusive, o IBGE divulgou que a taxa de desemprego renovou a mínima histórica, em 5,6%

O Comitê também frisou que as expectativas de inflação para 2025 e 2026 apuradas pela pesquisa Focus permanecem em valores acima da meta, situando-se em 4,8% e 4,3%, respectivamente.

Apesar de não ter sido reajustada para cima, a Selic está no maior nível em quase 20 anos. Esse é o maior patamar desde agosto de 2006, início do segundo mandato do governo Lula (PT), quando estava em 15,25% ao ano. Nessa época, os juros estavam em queda depois de terem atingido 19,75% em maio de 2005.

Na trajetória de reuniões para definir a taxa básica de juros do atual governo, o Copom realizou sete altas seguidas da Selic, começando em setembro do ano passado. Com a definição desta quarta, a Selic está estável desde junho deste ano. 

Na semana que vem, o Banco Central deve divulgar a ata da reunião, com maiores detalhes sobre a decisão e as perspectivas dos economistas para os encontros futuros. 

O que é a Selic

A Selic é a referência para todas as taxas de juros do mercado brasileiro, definida pelo Copom, composto pelo presidente e diretores do Banco Central. Ela é o principal instrumento de política monetária utilizada para controlar a inflação.

Quando os juros sobem, os financiamentos, empréstimos e pagamentos com cartão se tornam mais caros, o que desencoraja o consumo e, por consequência, estimula a queda na inflação. Por outro lado, se a inflação está baixa e o BC reduz os juros, isso torna os empréstimos mais baratos e incentiva o consumo.

Como a Selic é definida

O Banco Central avalia as condições da inflação, da atividade econômica, das contas públicas e o cenário externo para definir o que fazer com a Selic, sempre com o objetivo de manter a inflação dentro da meta.

Essa é uma prática comum entre governos e autoridades monetárias. O Federal Reserve (Fed) define os juros básicos da economia americana, e o Banco Central Europeu faz o mesmo com os juros dos países da zona do euro.

Meta de inflação

O objetivo do Copom é manter a inflação brasileira dentro da chamada meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que determina a meta de três anos à frente, visando uma inflação previsível, estável e baixa, que possa ajudar a economia brasileira a crescer.

Fonte: Portal Terra
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