Desemprego cai para 5,6% no tri encerrado em julho, menor taxa desde 2012, diz IBGE
O indicador vem mantendo trajetória de queda nas divulgações feitas pelo IBGE; em junho, a taxa era de 5,8%, também menor nível até então
A taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,6% no trimestre encerrado em julho de 2025, atingindo o menor nível desde 2012, com recordes na população ocupada e no rendimento médio real, segundo dados do IBGE.
A taxa de desocupação do trimestre móvel encerrado em julho de 2025 caiu para 5,6%, a menor da série histórica deste indicador, que teve início em 2012. O indicador, divulgado nesta terça-feira, 16, pelo IBGE, na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, vem mantendo trajetória de queda. No trimestre encerrado em junho, a taxa de desemprego era de 5,8%, também menor nível até então.
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“Esses números sustentam o bom momento do mercado de trabalho, com crescimento da ocupação e redução da subutilização da mão de obra, ou seja, um mercado de trabalho mais ativo”, avalia William Kratochwill, analista do IBGE.
No trimestre, a população desocupada caiu para 6,118 milhões, o menor contingente desde o último trimestre de 2013, quando era de 6,100 milhões.
Já a população ocupada bateu novo recorde, chegando a 102,4 milhões. O nível da ocupação, ou seja, o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, manteve o percentual recorde de 58,8%.
Além disso, o número de empregados com carteira assinada também foi recorde, chegando a 39,1 milhões.
Com relação ao rendimento médio do trabalhador, o crescimento foi de 1,3% no trimestre de 3,8% no ano. Atualmente, um trabalhador brasileiro ganha em média R$ 3.484. O aumento na comparação trimestral foi puxado pela Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (1,8%, ou mais R$ 86). Os rendimentos dos demais grupamentos não tiveram variação significativa nessa comparação.
Já a massa de rendimento médio real bateu novo recorde, chegando a R$ 352,3 bilhões e crescendo em ambas as comparações: 2,5% (mais R$ 8,6 bilhões) no trimestre e 6,4% (mais R$ 21,3 bilhões) no ano.
"Os indicadores do mercado de trabalho estão atingindo patamares de destaque, com as medidas de subutilização em patamares mínimos ou próximos do mínimo. No entanto, os rendimentos apresentaram variações marginais, salvo para os militares e funcionários públicos estatutários, o que contribuiu para o aumento do rendimento médio no país”, explica William Kratochwill.
Com relação aos trabalhadores informais, a taxa de informalidade no trimestre móvel encerrado em julho foi ligeiramente menor que no anterior, chegando a 37,8%. No entanto, o número absoluto do total de trabalhadores sem vínculo formal (38,8 milhões) teve ligeira alta frente ao trimestre anterior (38,5 milhões) e ao mesmo período de 2025 (38,7 milhões).
Número de desalentados cai
A população desalentada -- que estão desempregadas mas desistiram de procurar um emprego -- recuou 11% de um trimestre para outro, e 15% no ano. Hoje, são 2,7 milhões de brasileiros que se enciaxam na categoria.
Para o analista do IBGE, “esses indicadores demonstram que as pessoas que deixaram a população desocupada não estão se retirando da força de trabalho ou caindo no desalento, elas estão realmente ingressando no mercado de trabalho, o que é corroborado pelo recorde na ocupação”.
Setores com maiores crescimentos de ocupação
A alta da ocupação frente ao trimestre móvel anterior foi puxada por três dos dez grupamentos de atividade investigados pela PNAD Contínua:
- Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (2,7%, ou mais 206 mil pessoas);
- Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (2,0%, ou mais 260 mil pessoas);
- e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,8%, ou mais 522 mil pessoas).