PE, BA e DF têm maiores taxas de desocupação no 2º tri; índice caiu em 18 Estados
Menores taxas estão em SC, RO e MT, segundo dados do IBGE
O desemprego caiu em 18 das 27 unidades da federação no segundo trimestre de 2025, com os menores índices registrados em Santa Catarina e os maiores em Pernambuco, Bahia e Distrito Federal; a informalidade também diminuiu, atingindo 37,8%.
O desemprego caiu em 18 das 27 unidades da federação brasileiras no segundo trimestre deste ano em comparação com o trimestre anterior, segundo a reponderação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) Trimestral divulgada nesta sexta-feira, 15, pelo IBGE. As unidades da federação com maiores taxas de descoupação são Pernambuco, com 10,4%; Bahia, com 9,1%; e Distrito Federal, com 8,7%.
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O índice de desemprego no Brasil durante o segundo trimestre já havia sido divulgado anteriormente, e está em 5,8%, menor nível da série histórica. A divulgação desta sexta refere-se a uma reponderação, em que são consideradas projeções mais atualizadas da população.
Na outra ponta, com as menores taxas de desocupação estão Santa Catarina, com 2,2% da população desempregada; Rondônia, com 2,3%; e Mato Grosso, com 2,8%. Santa Catarina também tem o maior contigente de trabalhadores com carteira assinada, 87,4%. O percentual é maior do que a média brasileira, em que 74,2% dos empregados do setor privado tinham carteira assinada.
A pesquisa também mostrou que as pessoas estão passando menos tempo procurando emprego.Neste trimestre, 1,3 milhão de pessoas procuraram trabalho durante dois anos ou mais. Esse indicador recuou 23,6% frente ao segundo trimestre de 2024.
Segundo William Kratochwill, analista da pesquisa, os dados da pesquisa mostram um mercado de trabalho “ainda aquecido e resiliente, com redução da taxa de desocupação no país".
"O reflexo desse desempenho é a redução dos contingentes em busca de uma ocupação, ou seja, há mais oportunidades que estão absorvendo os trabalhadores, mesmo aqueles que apresentavam mais dificuldade em conseguir um trabalho”, afirma.
Apesar da queda do desemprego, apenas no Sudeste houve crescimento estatístico significativo do rendimento. Nas demais regiões, o indicador permaneceu estável. O rendimento médio real no Sudeste é de R$ 3.914, alta de 1,8% frente o trimestre anterior, e valor maior que a média nacional, de R$ 3.477.
Taxa de desocupação varia a depender de gênero e raça
Entre as mulheres, a taxa de desocupação é de 6,9%, enquanto o percentual cai para 4,8% entre os homens. Por cor ou raça, essa taxa ficou abaixo da média nacional para os brancos (4,8%) e acima para os pretos (7,0%) e pardos (6,4%).
A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (9,4%) foi maior que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 5,9%, quase o dobro da verificada para o nível superior completo (3,2%).
Taxa de informalidade
A taxa de informalidade para o Brasil foi de 37,8% da população ocupada, a segunda menor já registrada. As maiores taxas ficaram com Maranhão (56,2%), Pará (55,9%) e Bahia (52,3%) e as menores, com Santa Catarina (24,7%), Distrito Federal (28,4%) e São Paulo (29,2%).
Para o analista do IBGE, estes dados são outra consequência de um mercado de trabalho aquecido. “A redução da taxa de informalidade é reflexo desse bom desempenho. O mercado de trabalho forte proporciona mais ocupação aos trabalhadores, formal e informalmente. Os números mostram um aumento de 1,8 milhão de ocupados, sendo 17,6% deles informais (318 mil), o que permite a redução da taxa”, explicou Kratochwill.
A taxa de informalidade da população ocupada é calculada considerando-se os empregados no setor privado e os empregados domésticos sem carteira de trabalho assinada, além dos empregadores e trabalhadores por conta própria sem registro no CNPJ e dos trabalhadores familiares auxiliares.