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Daniel celebra 30 anos de carreira e quer parceria com colegas do The Voice

30 set 2013 - 13h23
(atualizado às 13h49)
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Daniel em cena com seu espetáculo musical que conta a trajetória dos seus 30 anos em DVD que acaba de chegar às lojas; o cantor também está no The Voice da TV Globo que estreia dia 3/10
Daniel em cena com seu espetáculo musical que conta a trajetória dos seus 30 anos em DVD que acaba de chegar às lojas; o cantor também está no The Voice da TV Globo que estreia dia 3/10
Foto: Divulgação

Conforme o combinado quase uma semana atrás, o telefone toca às 10h. Do outro lado da linha a assessora pergunta se está tudo pronto para a entrevista. Um minuto depois, o cantor Daniel saúda a reportagem do Terra com um caloroso "bom dia". Ele tem um dia cheio de entrevistas para ajudar a divulgar o lançamento de seu DVD especial para celebrar 30 anos de carreira. Não bastasse isso, dentro de três dias, ele reestreia como jurado e técnico da nova edição do 'The Voice', da TV Globo, uma espécie de reality show de calouros importado dos EUA.

Na bancada do programa, ele volta a dividir a atenção com seus colegas Claudia Leitte, Carlinhos Brown e Lulu Santos. Juntos, os quatro vão, durante os próximos meses, treinar novatos e aspirantes a uma carreira musical tão brilhante quanto a sua. Mas ele garante: "aprendemos muito com os candidatos". Aos colegas é só elogio e arrisca: "existe a vontade (de fazer uma parceria entre os quatro) no ar, isso com certeza existe."

O cantor consagrado, os iniciantes, a troca artística com novatos e dinossauros da música. Todos esses elementos resumem bem o que Daniel fez em seu DVD. Nele há uma apresentação especial em formato de musical que conta sua trajetória. Parte do espetáculo é show, parte é dramaturgia. Música a música, o roteiro evolui como Daniel. O jovem de Brotas, no interior de São Paulo, que começou a cantar aos 15 anos é uma memória distante testemunhada por Daniel durante o show. 

A morte do parceiro João Paulo no auge da carreira da dupla. A conseguente explosão de fama. Os questionamentos sobre seguir ou não com a carreira artística. A posterior estabilidade no cenário musical. E a atual descoberta da paterninade. Tudo isso foi musicado com canções gravadas anteriormente por Daniel e também por faixas de outros artistas e pelas quais ele transita pela primeira vez. "Essas canções foram se adequando ao show. Elas me ajudam a contar minha história e ao mesmo tempo estou trazendo músicas que sempre quis cantar".

Na TV, Daniel reestreia à frente do 'The Voice' na próxima quinta (3) às 22h30. Leia abaixo os principais trechos da entrevista exclusiva.

Daniel em cena com seu espetáculo musical que conta a trajetória dos seus 30 anos em DVD que acaba de chegar às lojas; o cantor também está no The Voice da TV Globo que estreia dia 3/10
Daniel em cena com seu espetáculo musical que conta a trajetória dos seus 30 anos em DVD que acaba de chegar às lojas; o cantor também está no The Voice da TV Globo que estreia dia 3/10
Foto: Divulgação
De onde veio a ideia de comemorar os 30 anos da sua carreira com um musical?

Foi pelo gosto que eu tenho pelos musicais, e isso tem me marcado desde então. Eu estive em Nova York pela primeira vez em 1998, logo após a morte do João Paulo. Foi quando eu assisti ao primeiro musical da minha: O Fantasma da Ópera. E isso ficou na minha cabeça: 'será que eu dia eu vou conseguir atrelar um musical à minha carreira?' A vontade nasceu naquele momento. E agora quando eu estava prestes a lançar um show comemorativo eu queria algo diferente. Foi aí que veio a ideia de fazer uma pitada de musical. Foi uma ideia que partiu de mim.

E o roteiro?

A gente elaborou com um roteirista, o Daniel Salve, que já trabalha com musicais. O contato quem fez foi a Vivien (Fortes, co-diretora) que é minha coreógrafa e com quem eu já trabalho há muito tempo. E ela própria já tem um certo conhecimento do tema porque o irmão dela trabalha com musicais também. Contei a história da minha vida inteira pra ele e o Daniel fez um roteiro e a gente moldou ao show.

Tecnicamente foi muito diferente de um show seu?

A gente bateu um pouco de cabeça com a banda: deixar no fosso como em musicais, trazer para o palco como em shows? Foi então que o Marcelo (Amiky, co-diretor do musical) teve a ideia de colocá-la num patamar diferente, mais elevado, onde eles ficariam até mais evidentes. E tivemos muito trabalho na microfonação das vozes, porque o som para um musical é muito diferente. As respostas de retorno não davam certo, os microfones de musicais, que são normalmente colocados na testa dos atores, também não funcionavam.

Você escolheu o repertório? Tem até uma do Simon & Garfunkel ali no meio...

Sim, existem algumas pontuações no show, que são músicas que eu não havia gravado antes. Eu queria contar a minha história com as músicas que eu já cantei, mas trazer também as minhas referências. E durante as conversas com o Marcelo e com a Vivien eu fui posicionando o que era referência para mim. Do Jessé, por exemplo, eu canto Solidão de Amigos. E essa canção, Bridge over Troubled Water, entrou por causa do Elvis Presley (que regravou a canção logo após ser lançada por Simon & Garfunkel). Eu sempre tive vontade de trazer alguma coisa dele para o meu show, e essa música está bem no momento que representa a partida do João Paulo. A letra dela se encaixou de uma tal forma, pelo momento que eu estava vivendo, que resolvemos colocá-la logo após Te Amo Cada Vez Mais. Acredito que é um dos pontos mais fortes do DVD, a partida dele.

<p>Daniel em cena com seu espetáculo musical que conta a trajetória dos seus 30 anos em DVD que acaba de chegar às lojas; o cantor também está no The Voice da TV Globo que estreia dia 3/10</p>
Daniel em cena com seu espetáculo musical que conta a trajetória dos seus 30 anos em DVD que acaba de chegar às lojas; o cantor também está no The Voice da TV Globo que estreia dia 3/10
Foto: Marcos Hermes
Há outras assim?

A Solidão de Amigos, do Jessé, vem naquele momento em que eu encontro o João Paulo. O Meu Mundo e Nada Mais (Guilherme Arantes), por exemplo, ela vem em um momento meu de questionamento. Resgata aquele sentimentos, que eu acredito ser natural do ser humano, de pensar: 'puxa, eu não estou mais tão feliz de estar fazendo o que eu faço; o que eu estou fazendo aqui, será que eu estou completo?'. Nos Bailes da Vida, do Milton Nascimento, vem como resposta a isso, quando eu sinto que tenho que continuar fazendo o que eu faço, porque eu amo cantar. E depois fechando com Tantinho, que é uma música do Carlinhos Brown que representa exatamente aquilo que estou vivendo agora com a paternidade que é essa experiência do amor incondicional de um pai para o filho.

Essa pluralidade já é suficiente para ser técnico no 'The Voice'? Ou você faz alguma preparação a mais antes do programa para saber mais sobre outros estilos?

Não verdade eu não faço nenhuma preparação. Eu trago a minha experiência de vida e de estrada. E por estar nesse meio artístico eu procuro me antenar e ficar atento a tudo que acontece no mercado da música. Dias atrás eu gravei alguns depoimentos sobre o programa e disse que lá a gente também aprende muito com quem passa por ali. Até nessa questão de estilos musicais. Eu tenho a facilidade de atuar dentro daquele estilo que eu sempre cantei. Mas eu também sempre busquei a versatilidade dentro dos meus trabalhos. Então eu acho que a minha experiência unida à bagagem trazida por quem passa por ali é um soma que os ajuda a conduzir uma história.

E há alguma troca artística entre você e os outros técnicos?

Existe e é uma relação muito harmoniosa que aconteceu desde o primeiro momento. Não foi fabricado! Há uma torcida de um pelo outro também. Claro que há essa questão da competição por conta do modelo do programa, que é um jogo. Mas acho que o objetivo maior ali é encontrar uma bela voz. Seja no time de quem for.

Há o desejo de vocês quatro fazerem uma parceria?

É uma coisa que nós quatro conversamos nos bastidores. Por que não fazermos algo juntos? Eu sinto que existe uma vontade dos quatro, mas isso ainda requer mais tempo para conciliar as agendas e logística de cada um. Mas que existe a vontade no ar, isso com certeza existe.

Se daqui a alguns anos sua filha adolescente desejasse seguir uma carreira musical, teria algum estilo musical que você seria contra?

É muito difícil isso. Eu estava conversando com uma ex-integrante do The Voice e falamos sobre essa questão de estilo. Você, como artista, tem que estar ligado no que está acontecendo no mercado, logicamente. Existe uma questão comercial envolvida. Mas também existe a sua vontade, a sua essência. Eu posso opinar, mas fazer com que a pessoa mude o que ela tem na cabeça está fora de cogitação. Eu tentaria apoiar naquilo que ela desejasse.

Fonte: Terra
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