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Conheça 10 músicas para entender o trap dos EUA ao Brasil

Gênero é destaque nas paradas musicais no Brasil com nomes como Matuê, Veigh e Kayblack, mas começou no sul dos Estados Unidos e se infiltrou no pop global

30 mai 2023 - 09h40
(atualizado às 16h25)
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Matuê, um dos principais símbolos do trap no Brasil,
Matuê, um dos principais símbolos do trap no Brasil,
Foto: Reprodução/Instagram/matue

O trap, variação do rap que teve origem no sul dos Estados Unidos, ganha cara brasileira e tem ganhado cada vez mais destaque nas paradas daqui, superando até gêneros como sertanejo e pop no streaming.

As músicas que abordam assuntos como relacionamentos, superação e ostentação, são marcadas pelo uso de sintetizadores, AutoTune (efeito vocal) e contam com batidas graves, arrastadas e pratos agudos que acompanham a levada.

A batida ficou tão popular que até divas do pop, como Katy Perry e Anitta, incorporaram em suas músicas.

O Estadão entrevistou especialistas e os principais artistas da cena para entender a expansão no gênero no País (confira a matéria completa aqui).

Abaixo, separamos músicas para você conhecer o trap.

Confira 10 músicas para conhecer a história do trap dos EUA ao Brasil:

O trap surgiu no sul dos EUA, em especial em Atlanta, nos anos 1990. Era uma música do gueto: o termo se refere a locais onde se vendem drogas. O som reproduzia essa atmosfera sombria, com letras hedonistas, e começou a ficar popular em álbuns como Trap House, de 2005, do rapper Gucci Mane.

Uma década depois, a batida já era a mais presente nas paradas dos EUA. O maior fenômeno comercial foi 'Bad and Boujee', do trio Migos.

E no Brasil?

No Brasil, o gênero começou a chegar nesta época. Ainda eram MCs que emulavam os trejeitos de fora. Em 2015, Raffa Moreira e Klyn lançaram a faixa Fiat 1995, parceria entre os dois trappers e Dreyhan.

Em 2016, o rapper Baco Exu do Blues reivindicou mais representatividade do nordeste na cena do rap brasileiro e inovou trazendo as batidas de trap para sua faixa em parceria com Diomedes Chinaski. A faixa foi explosiva.

Foi em 2017, com o enorme sucesso de Anos Luz, de Matuê, que o gênero teve maior destaque no cenário musical mais fora da bolha do estilo. Atualmente, o cearense segue sendo um dos principais nomes da cena.

Em 2019, o mineiro Sidoka de estilo único e marcante se destacou no gênero com seu álbum Doka Language e sua apresentação no Festival Cena.

Em 2021, as gêmeas Tasha e Tracie abriram espaço para mulheres no trap com o lançamento do álbum Diretoria. Elas estão entre as grandes promessas do estilo, requisitadas pelo grande mercado, como em parceria com Ludmilla.

No final de 2022, Thiago Veigh ganhou protagonismo no trap paulista com o lançamento do álbum Dos Prédios. No ano seguinte, ele alcançou o top 1 global do Spotify com a versão Deluxe do disco.

2023 também foi marcado pelo álbum Contradições, de Kayblack. O irmão de Caveirinha também viralizou com a faixa Melhor Só, sua parceria com Baco Exu do Blues. Fã de pagode, Kayblack é um dos artistas que dá mais tempero brasileiro ao trap.

Por fim, Mc Luanna, que participou do álbum Dos Prédios, de Veigh, lançou no mês passado sua faixa Larga essa Vida, consolidando o espaço das mulheres no gênero.

Estadão
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