Script = https://s1.trrsf.com/update-1765905308/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Dança periférica concorre em três categorias de cobiçado prêmio de arte em SP

Espetáculo do Núcleo Ajeum, da zona sul da capital, concorre ao Prêmio APCA, da Associação Paulista dos Críticos de Arte

31 dez 2025 - 10h40
Compartilhar
Exibir comentários
Resumo
O espetáculo Ibejada, do Núcleo Ajeum, da zona sul de São Paulo, concorre em três categorias do Prêmio APCA e celebra a resistência e a alegria da cultura negra por meio da dança relacionada à espiritualidade e à afirmação identitária.
Componentes do Núcleo Ajeum levam pro palco a vida da quebrada, a infância e a história do povo preto que segue marcada em seus corpos.
Componentes do Núcleo Ajeum levam pro palco a vida da quebrada, a infância e a história do povo preto que segue marcada em seus corpos.
Foto: Sérgio Fernandes

O espetáculo Ibejada, do Núcleo Ajeum, grupo de dança do Jardim São Luís, zona sul de São Paulo, está concorrendo em três categorias do cobiçado Prêmio APCA, da Associação Paulista dos Críticos de Arte: melhor espetáculo; melhor interpretação, com Érico Santos; e cenografia, com Cristopher Silva e Djalma Moura.

O espetáculo Ibejada se inspira em Íbéjì, orixá ligado às crianças, à brincadeira e à alegria. Ele representa a infância, os irmãos gêmeos e um jeito leve de enxergar a vida. Por isso, brincar, dividir e rir também são formas de força e proteção.

É nesse espírito que Djalma Moura, coreógrafo, arte-educador, historiador e morador do Campo Limpo cria suas coreografias. Um trampo que chama geral pra pensar sobre a importância de não deixar a alegria escapar no meio do corre, pra que ela siga soprando vento bom. 

Bruno Garcia Onifadé, Jhonny Salaberg, Christopher Silva e Djalma Moura criam um espaço onde os corpos e suas histórias viram parte da paisagem.
Bruno Garcia Onifadé, Jhonny Salaberg, Christopher Silva e Djalma Moura criam um espaço onde os corpos e suas histórias viram parte da paisagem.
Foto: Sérgio Fernandes

Artistas criam “dança-ebó”

Misturando dança contemporânea, cultura afro-brasileira e espiritualidade, o Núcleo Ajeum pesquisa o corpo preto. Isso tudo vira uma dança com cara de ritual, que puxa pra perto uma força que a negritude nasce carregando. É a alegria como afirmação da própria existência preta, como jeito de resistir.

Na cena, os bailarinos são provocados a colocar pra fora desejos e vontade de viver, criando uma dança-ebó, feita pra arrastar as dores do corpo, da mente e do espírito. Uma dança que enfrenta as violências que ainda atingem meninos e meninas pretas e insiste em manter eles de pé, vivos e criando.

Além dos espetáculos, o Núcleo Ajeum mantém a Revista AJEUM, o Festival Ajeum, que celebra a arte preta, está preparando um documentário sobre dança negra periférica. A iniciativa promove também oficinas e workshops que conectam jovens da quebrada à criação artística.

Fonte: Visão do Corre
Compartilhar
Publicidade

Conheça nossos produtos

Seu Terra












Publicidade