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2026 começa com dois espetáculos teatrais sobre as realidades periféricas de SP

Montagens do Circo Teatro Palombar, da zona leste da capital paulista, são inspirados nos corres cotidianos da quebrada

30 dez 2025 - 12h31
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Resumo
O Circo Teatro Palombar inicia 2026 com dois espetáculos que exaltam as vivências da periferia de São Paulo, refletindo criatividade, identidade cultural e os desafios cotidianos da quebrada.
Registro do processo criativo do espetáculo Somos Periferia – Potência Criativa!, inspirado nos corres e pessoas da zona leste de São Paulo.
Registro do processo criativo do espetáculo Somos Periferia – Potência Criativa!, inspirado nos corres e pessoas da zona leste de São Paulo.
Foto: Ricardo Avellar

O ano de 2026 começa com dois trabalhos do Circo Teatro Palombar: o espetáculo Karaokê Palombar, com temporada no Sesc Santo Amaro de janeiro a fevereiro, e a estreia de Somos Periferia – Potência Criativa!, no final de janeiro, na sede do grupo, o Centro Cultural Arte em Construção, em Cidade Tiradentes, extremo da Zona Leste de São Paulo.

O Karaokê Palombar chega com aquela cara de rolê conhecido. Máquina de karaokê, música popular, ficha na mão e vontade de cantar. Tudo muito parecido com o que acontece nas quebradas de São Paulo. Mas, como é do Palombar, nada fica só no óbvio. Entre um hit e outro, quem sobe pra cantar acaba entrando num jogo inesperado de circo, humor e improviso. 

Do piseiro ao sertanejo, do brega ao forró, a música ao vivo segura o clima de rua. O público participa, canta junto, se reconhece. A sensação é de estar num karaokê do bairro, mas atravessado pela linguagem do circo contemporâneo. É simples, direto e cheio de identidade. Um espetáculo que entende de onde vem e com quem está falando.

Karaokê Palombar é um dos espetáculos do grupo teatral da zona leste de São Paulo que permanece em cartaz em janeiro e fevereiro.
Karaokê Palombar é um dos espetáculos do grupo teatral da zona leste de São Paulo que permanece em cartaz em janeiro e fevereiro.
Foto: Carlos Goff

Espetáculo com dez artistas no palco faz estreia

Essa mesma lógica de observação aparece com ainda mais força em Somos Periferia – Potência Criativa!, novo trabalho do grupo, criado a partir da vivência real em Cidade Tiradentes. O bairro não aparece só como pano de fundo, mas vira matéria-prima da dramaturgia. 

São dez artistas no palco, como se fosse uma banda grande e fora do comum, que mistura música, circo, dança e ações do dia a dia, transitando pela vida de bailarinas, grafiteiros, trabalhadores, jovens que atravessam a cidade cedo, voltam tarde e ainda encontram energia pra criar. Não como personagens inventados, mas como corpos que carregam o bairro no gesto, na ginga, no ritmo.

As acrobacias dividem espaço com movimentos simples, criando um paralelo claro entre o risco do circo e os desafios da vida real. A trilha sonora, tocada ao vivo, nasce das referências de quem vive ali. É juventude, brasilidade e território pulsando juntos.

Espetáculos do Circo Teatro Palombar partem do que é real na periferia: a música, encontros na rua, o improviso, o humor.
Espetáculos do Circo Teatro Palombar partem do que é real na periferia: a música, encontros na rua, o improviso, o humor.
Foto: Divulgação

Trabalho do Palombar é papo reto

Com quase 15 anos de caminhada, o Circo Teatro Palombar segue firme no mesmo lugar onde nasceu. O nome vem do “palombar”, prática de reforçar o pano do circo com cordas, símbolo de trabalho coletivo e resistência. E isso não é discurso, é prática. 

O Palombar olha pra vida da periferia sem filtro, presta atenção nos detalhes desse corre diário e transforma o que muita gente chama de comum em arte com identidade. Cada cena reforça a ideia de que a periferia produz arte, pensamento e linguagem própria. E faz isso com a beleza da sua força.

Seja cantando no karaokê ou ocupando o picadeiro com histórias da quebrada, o Palombar continua fazendo o que sempre fez. Valorizar a cultura de quebrada, sem romantizar, sem exagerar, no papo reto. Arte feita por quem vive o território e pra quem sabe que a periferia é, sim, potência criativa.

Fonte: Visão do Corre
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