Rússia e Ucrânia chegaram à mesma conclusão estranha por causa dos drones: continuar a luta na clandestinidade
Batalha dos oleodutos antecipa futuro em que defesas dos países dependerão tanto da superfície quanto das entranhas de suas redes industriais
De todas as realidades que a guerra na Ucrânia nos mostra, há uma que é indiscutível: os drones são o cavalo de Troia sobre o qual os conflitos bélicos serão sustentados daqui para frente. Na Europa Oriental, estamos vendo cenários que até recentemente eram mais típicos da literatura fantástica do que da realidade. Tal é a proeminência que a batalha entre soldados não está mais sendo travada em terra, mas no subsolo.
Sim, a frente de Kharkiv é palco de um fenômeno inesperado: soldados russos tentando se infiltrar através de tubulações de gás e água, rastejando por condutos subterrâneos para atravessar o rio Oskil e estabelecer posições mais próximas de Kupiansk.
Esta é a terceira vez que essa tática surge desde o início da invasão, e representa um novo desafio defensivo para as forças ucranianas, que reagiram inundando, danificando e fortificando várias dessas passagens, cientes de que os canais formam uma rede extensa e difícil de controlar. O Estado-Maior de Kiev confirmou oficialmente o uso das tubulações, embora tenha enfatizado que a cidade permanece sob controle ucraniano e que a maioria dos acessos já foi neutralizada ou monitorada de perto.
Oleodutos como rotas de espionagem. O caso de Kupiansk não é isolado. Como noticiamos na época, em março passado, forças especiais russas percorreram quase quinze quilômetros através de um gasoduto em Sudzha para desferir um golpe contra a retaguarda ucraniana em Kursk, um episódio que Moscou comemorou como um sucesso tático, embora ...
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