Um dos grandes fracassos da energia solar está no deserto de Nevada, nos EUA: um elefante branco que não serve mais para nada
A usina de Crescent Dunes era cara demais e usava uma tecnologia ultrapassada
Pouco mais de dez anos atrás, nasceu uma das primeiras e maiores usinas de energia termossolar do mundo. A energia termossolar, ou energia heliotérmica, é a geração de eletricidade a partir do calor concentrado do Sol, diferente da energia solar fotovoltaica, que converte a luz solar diretamente em eletricidade.
Tanto a ambição quanto a execução eram gigantescas, assim como o objetivo de fornecer energia limpa para mais de 100 mil pessoas. Hoje, o projeto já não tem mais utilidade.
Para contar essa história, é preciso voltar ao ano de 2011, quando o governo dos EUA anunciou em grande estilo o desenvolvimento de uma usina que, em teoria, serviria como exemplo de inovação energética. Sua sede: Tonopah, no estado de Nevada. Seu custo: 1 bilhão de dólares. Seu nome: Crescent Dunes.
O caso da Crescent Dunes é um tanto peculiar. Para começar, ela entrou em operação graças a um aporte financeiro vindo de diversas empresas, do Departamento de Energia dos EUA e até de magnatas como Warren Buffett. Entre os investidores de destaque estão NV Energy, SolarReserve e Citigroup.
O objetivo era criar uma instalação capaz de gerar um total de 500.000 MWh por ano durante 25 anos. Como relembra o Review Journal, o então senador por Nevada, Harry Reid, concedeu autorizações para a construção em terrenos públicos no meio do deserto e até Kevin Smith, CEO da SolarReserve, declarou que aquilo era positivo "para ganhar o futuro".
Em linhas gerais, a Crescent Dunes consiste em uma instalação com ...
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