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Inovação

Mobilidade urbana, grande desafio atual dos municípios, será discutido em fórum em SP

Cidade CSC, evento de inovação urbana que acontece na capital paulista entre os dias 23 e 25 de setembro, coloca tema como um dos centrais de sua programação

21 set 2025 - 09h11
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Quem vive nas grandes metrópoles do Brasil sabe: exercer o direito de ir e vir é um desafio diário para boa parte da população. O impacto da mobilidade urbana na vida das pessoas é tão grande que, para 44% dos brasileiros, esse é o principal desafio das cidades, segundo pesquisa recente da ONU em parceria com a plataforma Colab. Em cidades como São Paulo, mais de 60% da população considera inadequado o tempo de espera no transporte público; enquanto isso, a falta de integração entre modais segue como obstáculo para o deslocamento mais eficiente.

É nesse contexto que o Cidade CSC, evento de inovação urbana que acontece na capital paulista entre os dias 23 e 25 de setembro, ganha relevância ao colocar a mobilidade como um dos temas centrais de sua programação. Segundo Paula Faria, CEO da Necta Inova, empresa responsável pelo evento, o tema será debatido a partir de três pilares: inclusão, sustentabilidade e disrupção. "Vamos discutir temas como mobilidade urbana ativa e compartilhada até o transporte público mais sustentável, passando por descarbonização, planos de mobilidade urbana, logística, frota conectada e segurança viária", afirma a executiva.

Mobilidade urbana é um dos grandes desafios dos municípios
Mobilidade urbana é um dos grandes desafios dos municípios
Foto: Tiago Queiroz/Estadão / Estadão

Entre os destaques da programação está a participação da Tembici, maior empresa de micromobilidade da América Latina, com 25 mil bicicletas em operação em 16 cidades — incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Buenos Aires e Bogotá. Para Camila Couto, diretora jurídica e de relações governamentais da startup, o CSC será uma oportunidade de promover reflexões sobre como ampliar o acesso da população a soluções limpas de transporte. "Queremos integrar a micromobilidade às políticas públicas urbanas. Nossa visão é de que infraestrutura, sustentabilidade e tecnologia precisam andar juntas", diz.

Fundada em 2010, a companhia aposta em uma rede colaborativa para funcionar, de parcerias com o setor público a patrocínios de empresas privadas, como é o caso do Itaú. A Tembici também tem uma parceria de longa data com o iFood, oferecendo bicicletas para os entregadores do app de delivery.

Ainda assim, Camila ressalta que a expansão depende de fatores como a densidade populacional, a infraestrutura cicloviária e o apoio de patrocinadores ou governos locais. "Gostaríamos de estar também em cidades médias e pequenas, mas para a operação ser sustentável precisamos de um conjunto de fatores que viabilize o negócio", afirma a diretora, que também vê com otimismo a chegada de outras empresas ao mercado. "Quanto mais meios de micromobilidade existem, mais cresce o interesse da população e maior é a força para dialogar com autoridades sobre infraestrutura cicloviária", explica.

Desafios de expansão

Na próxima semana, a Whoosh vai inaugurar 53 pontos de patinetes na região central de São Paulo
Na próxima semana, a Whoosh vai inaugurar 53 pontos de patinetes na região central de São Paulo
Foto: Whoosh/Divulgação / Estadão

Outra empresa que fará parte da programação de mobilidade urbana da Cidade CSC é a Whoosh, empresa de patinetes elétricos que chegou ao Brasil em 2023 e já opera cerca de 6 mil veículos em capitais como Rio de Janeiro, Porto Alegre e Florianópolis. Em São Paulo, onde atua desde dezembro de 2024, a expansão acontece em ritmo mais lento devido às exigências regulatórias.

Segundo o diretor de operações, José Ricardo Souza, cada novo ponto de estacionamento precisa ser aprovado pela subprefeitura e pela CET, em um processo que pode levar meses. "Nosso plano inicial previa oito subprefeituras em três meses; em dez meses chegamos apenas à segunda. É um ritmo muito diferente, mas necessário para que o modal se estabeleça de forma sólida e responsável", afirma o executivo, cuja empresa já tem mais de 1,4 milhão de usuários cadastrados em todo o País.

Na próxima semana, a companhia vai inaugurar 53 pontos de patinetes na região central de São Paulo, incluindo bairros como Santa Cecília, Sé e República. Mais do que apenas expandir, a empresa busca mostrar que é uma opção viável para a mobilidade nas grandes cidades. "Não somos uma solução de lazer. Somos uma solução de transporte, e por isso avaliamos com cuidado onde operar para garantir que o serviço seja duradouro", explica Souza.

Programação variada

A agenda do Cidade CSC reforça a mobilidade como pauta transversal. No dia 24, o palco Cidades Conectadas terá debates sobre gestão urbana em tempo real, explorando como sensores e infraestrutura digital estão transformando o trânsito e a segurança. Já no dia 25, o painel A Revolução das Redes Urbanas discutirá como as redes inteligentes podem otimizar energia, mobilidade e serviços urbanos.

Outro destaque será a sessão sobre sinalização semafórica inteligente, que apresentará casos de cidades que adotaram sistemas conectados para melhorar o fluxo viário. Também haverá debates sobre planos municipais de cidades inteligentes, com foco na integração de tecnologia e indicadores para melhorar a mobilidade.

Para Paula Faria, o papel do evento é o de aproximar diferentes atores. "Discutimos desde tarifa zero até tecnologia de monitoramento de dados, passando por logística e acessibilidade. O objetivo é criar um espaço para repensar a mobilidade de forma ampla, olhando para as demandas reais das cidades brasileiras", afirma.

Estadão
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