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Dinossauro da Argentina tinha braços menores que os do T. rex

Paleontólogos descobriram uma nova espécie de dinossauro na Argentina, com 70 milhões de anos; o dino tem braços ainda menores que os do Tyrannosaurus rex

23 mai 2024 - 20h21
(atualizado às 22h36)
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Na parte da Patagônia que pertence à Argentina, uma equipe internacional de pesquisadores descobriu uma nova espécie de dinossauro, com os braços ainda menores que o do Tyrannosaurus rex (T. Rex), com 70 milhões de anos. A espécie carnívora recebeu o nome de Koleken inakayali.

Foto: Gabriel Diaz Yantén/CUHK / Canaltech

Liderada pelo explorador da National Geographic Diego Pol, a pesquisa identificou um fóssil parcial da nova espécie de dinossauro, o que inclui ossos do crânio, quase todos os ossos das costas, um quadril completo, alguns ossos da cauda e a maioria dos ossos das duas pernas. 

A partir desses achados, o estudo publicado na revista Cladistics classifica a nova espécie da Argentina como um membro da família Abelisauridae, que é diferente da família do T. rex (Tyrannosauridae).

De modo geral, essa família de dinossauros têm braços bem pequenos e até atrofiados, enquanto os crânios são pequenos e "curtos". A questão é que, na maioria das vezes, têm algum "ornamento" na cabeça, como cristas ou chifres. No caso do Koleken inakayali, não foram identificados chifres.

Espécie de dinossauro com os braços muito curtos é encontrada na Argentina (Imagem: Pol et al., 2024/Cladistics)
Espécie de dinossauro com os braços muito curtos é encontrada na Argentina (Imagem: Pol et al., 2024/Cladistics)
Foto: Canaltech

Dinossauro com braços curtos

A família de dinossauros da nova espécie argentina vivia, há cerca de 70 milhões de anos, no supercontinente conhecido como Gondwana. Era basicamente composto pela junção do que é hoje América do Sul, Índia, África, Madagascar e Austrália.  

Ali, os dinossauros reinavam como terríveis e eficientes predadores, especialmente a família Abelisauridae. Com a espécie recém-descoberta, é possível afirmar que a diversidade da fauna era muito mais rica do que se pensava.

"Koleken inakayali reforça a ideia de que várias espécies de abelisaurídeos viviam nos mesmos habitats durante o Cretáceo Superior e ajuda a mostrar que os abelisaurídeos eram na verdade bastante diversos na época, ao contrário das sugestões relativas a outros grupos de dinossauros", afirma Mattia Antonio Baiano, pesquisador de pós-doutorado da Universidade Chinesa de Hong Kong (CUHK) e um dos autores do estudo, em nota.

"Juntamente com as novas descobertas sobre a evolução, este estudo fornece informações valiosas sobre como os dinossauros e os seus ecossistemas globais evoluíram ao longo do tempo", acrescenta o paleontólogo.

A seguir, veja a espécie de dinossauro da Argentina cercando a sua presa até o ataque:

Fonte: Cladistics e CUHK  

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