Experimento neurológico produz metamorfose facial, diz jornal
12 nov2012 - 11h51
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Um experimento conduzido por pesquisadores da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, conseguiu, pela primeira vez, estabelecer uma relação causal entre a região do cérebro conhecida como giro fusiforme e processamento de faces humanas. O trabalho pode vir a ajudar no tratamento de uma espécie de "cegueira para feições", conhecida como prosopagnosia, que impede as pessoas que sofrem desse distúrbio de distinguir rostos. Além disso, os resultados encontrados podem ajudar na compreensão do porque algumas pessoas são muito melhores que outras em reconhecer faces. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
A foto vencedora do concurso anual Nikon Small World foi feita pelos pesquisadores Jennifer Peters e Michael Taylor, que pela primera vez conseguiram captar a formação da barreira hematoencefálica em um animal vivo, um embrião de peixe-zebra
Foto: Nikon Small World/Jennifer Peters e Michael Taylor / BBC Brasil
No estudo, publicado na revista científica Journal of Neuroscience, três técnicas diferentes foram utilizadas para obter os resultados, sendo duas para achar áreas específicas do giro fusiforme relacionadas ao reconhecimento de rostos e uma para induzir uma distorção da percepção quando os eletrodos estavam exatamente no mesmo lugar das duas primeiras. Ron Blackwell, 45 anos, sofre de epilepsia e recebeu os eletrodos para o experimento. "É quase como se os traços de seu rosto tivessem ficado caídos", declarou. Outros objetos, segundo ele, não sofreram distorção. Para o neurocirurgião Fábio Godinho, que fez doutorado no Instituto de Neurociências de Lyon, o giro fusiforme provavelmente faz o processamento de formas e cores da face, enquanto outras áreas lidam com coisas como as associações emocionais que um rosto traz.
A foto vencedora do concurso anual Nikon Small World foi feita pelos pesquisadores Jennifer Peters e Michael Taylor, que pela primera vez conseguiram captar a formação da barreira hematoencefálica em um animal vivo, um embrião de peixe-zebra
Foto: Nikon Small World/Jennifer Peters e Michael Taylor / BBC Brasil
Acima, o segundo lugar da competição ficou para Walter Piorkowski, em seu registro da vida dos recém-nascidos em um ninho de aranhas
Foto: Nikon Small World/Walter Piorkowski / BBC Brasil
Dylan Burnette, do Instituto Nacional de Saúde de Maryland, nos EUA, conseguiu o terceiro lugar com esta imagem que mostra o câncer em um osso humano: os filamentos (púrpura), a mitocôndria (amarelo) e o DNA (azul)
Foto: Nikon Small World/Dylan Burnette / BBC Brasil
W. Ryan Williamson, do Instituto Médico Howard Hughes, na Virgínia, ficou em quarto lugar mostrando o sistema visual de uma mosca de fruta, em um estágio intermediário de desenvolvimento:a retina é dourada, os fotorreceptores em azul e o cerebro é verde
Foto: Nikon Small World/W. Ryan Williamson / BBC Brasil
No quinto lugar está Honorio Cócera-La Parra, do departamento de geologia do Museu de Geologia da Universidade de Valência, com a imagem do mineral cacoxenita da mina La Paloma, na Espanha
Foto: Nikon Small World/Honorio Cócera-La Parra / BBC Brasil
Marek Mis, da Polônia, ficou em sexto lugar com esta imagem de uma alga Cosmarium
Foto: Nikon Small World/Marek Mis / BBC Brasil
O olho de uma mosca da fruta, captada por Michael John Bridge, do laboratório de imagens celulares da Universidade de Utah, conquistou o sétimo lugar
Foto: Foto- Nikon Small World/Michael John Bridge / BBC Brasil
O pesquisador Gerd A. Guenther, de Düsseldorf, na Alemanha, conseguiu capturar arva da Pleurobrachia e, com esta imagem, ficou em oitavo lugar no concurso
Foto: Nikon Small World/Gerd A. Guenther / BBC Brasil
Uma formiga do gênero Myrmica carrega sua larva, refletindo a luz na imagem de Geir Drange, de Askr, Noruega. Com a imagem, Drange conquistou o nono lugar
Foto: Nikon Small World/Geir Drange / BBC Brasil
O brasileiro Álvaro Migotto, do Centro de Biologia Marinha da Universidade de São Paulo (USP) conseguiu o décimo lugar com esta foto de um ofiuroide
Foto: Nikon Small World/Álvaro Migotto / BBC Brasil