Há um problema na Europa: a população do continente está se tornando o Japão do século XXI
A Europa está replicando o declínio do Japão: envelhecendo, regulando a inovação estrangeira, nostálgica pelas glórias industriais perdidas, administrando seu declínio com a maior dignidade possível.
14 out
2025
- 09h12
(atualizado em 15/10/2025 às 07h24)
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Vamos começar com os fatos:
- A Europa está envelhecendo mais rápido do que qualquer outra região desenvolvida, especialmente no Sul. A idade média é superior a 44 anos e continua aumentando;
- As grandes empresas de tecnologia que definem a era são americanas ou chinesas, com algumas exceções da Coreia do Sul ou Taiwan;
- As glórias industriais (Nokia, Siemens, Ericsson, Alcatel...) agora são fornecedores B2B ou zumbis corporativos, invisíveis para os consumidores que um dia as amaram;
- Apesar de ter sediado dois dos eventos de tecnologia mais importantes do mundo (MWC e IFA), hoje a Europa é uma mera espectadora de um espetáculo dominado por outros;
- E, enquanto isso, regulamenta-se: GDPR, AI Act, DMA, DSA. O continente legisla sobre inovações que não lidera e impõe regras sobre jogos que não joga.
Há um paralelo desconfortável, mas bastante preciso: o Japão pós-bolha.
Na década de 1980, o Japão parecia destinado a dominar o século XXI. Sony, Panasonic, Toshiba, Nintendo... O Japão definiu algumas das tecnologias que dominaram o mundo no final do século XX:
- Os consoles Game Boy e Nintendo;
- O Walkman e o Discman;
- As TVs Trinitron;
- As fitas VHS que venceram a guerra dos formatos;
- As câmeras Canon e Nikon que capturaram nossas memórias;
- Os icônicos relógios Casio;
- Os modelos Toyota e Honda que redefiniram a palavra "confiabilidade".
Até a palavra kaizen (melhoria contínua) se tornou um mantra para empresas ao redor do mundo. O Japão, além de fabricar excelentes produtos, exportou metodologias, ...
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