Marcos Jorge, CEO do Grupo RTSC, holding de investimentos com atuação nos setores financeiro, imobiliário e turístico, participou como painelista no fórum “Turismo e energia sustentável: investir em um futuro verde”, realizado na COP-30, em Belém, capital paraense, apresentando projetos nos quais a Qore Investimentos tem ou estuda ter como estratégia de negócio para criar um ecossistema robusto de soluções financeiras, conectando investidores, gestores e empreendedores em torno de oportunidades sólidas e sustentáveis.
Organizado pela ONU Turismo, pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe (CAF) e pelo Ministério do Turismo do Brasil, o evento foi realizado na última quinta-feira, 20 de novembro, no estande do CAF na Blue Zone.
O fórum abordou a urgência da transição do turismo para fontes de energia limpas e combustíveis renováveis, um passo essencial para reduzir a pegada de carbono do setor e alinhá-lo aos objetivos do Acordo de Paris e da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
O turismo é uma atividade econômica relevante, mas também altamente vulnerável ao clima, pois responde por cerca de 8% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE).
Os objetivos do fórum incluem a apresentação de modelos inovadores de transição energética no turismo, a promoção de alianças público-privadas para acelerar investimentos em combustíveis sustentáveis e o fortalecimento da cooperação para o financiamento de um turismo resiliente ao clima.
A abertura do fórum contou com a presença de Oscar Rueda, diretor de Turismo do CAF; Celso Sabino, ministro de Turismo do Brasil; e Zurab Pololikashvili, secretário-geral da ONU Turismo.
O bloco de apresentações empresariais foi apresentado por Daniel Nepomuceno, conselheiro especial da ONU Turismo, e teve como tema “Energia limpa e investimentos turísticos: da visão à ação”. Marcos Jorge, da RTSC, discutiu sobre investimentos e desenvolvimento de projetos imobiliários sustentáveis em turismo e infraestrutura turística.
Outros temas relevantes abordados foram soluções de energia renovável para a cadeia do turismo, combustíveis sustentáveis para a aviação baseados em macaúba e descarbonização no setor de aviação.
A Qore tem como propósito investir no Brasil e impulsionar o futuro do turismo sustentável. A companhia atua como distribuidora de títulos e valores mobiliários, com mais de 60 fundos sob administração fiduciária, somando R$ 10 bilhões, e direciona capital para projetos que unem impacto ambiental, eficiência energética e desenvolvimento social.
A empresa avalia a sustentabilidade e a viabilidade financeira de cada iniciativa, estrutura soluções financeiras inovadoras e gere os investimentos realizados, atuando para transformar o presente e construir o futuro.
Um exemplo é o financiamento, via mercado de capitais, do Shopping Circuito de Compras (CDC), na cidade de São Paulo, o maior centro de compras da América Latina. Esse empreendimento é uma parceria público-privada que, além de gerar mais de 30 mil empregos diretos e indiretos, está preparado para apoiar um dos maiores projetos de mobilidade limpa do país. O CDC, com a maior garagem de ônibus de São Paulo, tem capacidade e vai se tornar um grande hub de abastecimento para a frota de ônibus elétricos da cidade.
Outro exemplo apresentado foi de projetos que impulsionam a transição energética por meio de parcerias, foi a com a Renogrid Energia, especializada na implantação de usinas fotovoltaicas, cujo portfólio reúne projetos de geração de energia distribuída em quatro estados (Ceará, São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso), somando cerca de 40 megawatts (MW) em potência instalada de energia solar.
Em parceria com grandes redes hoteleiras, como WISH, WAM e Gramado Parks, a Qore apoiará o setor com a meta de alcançar 100% de abastecimento sustentável em todas as unidades hoteleiras até 2026.
A Qore também estuda investimentos na cadeia do biodiesel e bioquerosene (SAF – combustível sustentável da aviação) por meio do cultivo da macaúba. Naturalmente distribuído por grande parte do Brasil, o cultivo da planta gera emprego para pequenos agricultores e oferece uma alternativa eficaz em processos de reflorestamento e recuperação de áreas degradadas, causando impacto ambiental e social. Sua alta produtividade (cerca de 6 mil litros por hectare) permite atender às metas assumidas pelo Brasil e pelas empresas de aviação para o enfrentamento das mudanças climáticas.