A tornozeleira rompida pelo ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques, foi encontrada em uma rodoviária no Paraguai, após sua tentativa de fuga ser frustrada; ele está preso desde 26 de dezembro de 2025.
Policiais do Paraguai localizaram a tornozeleira eletrônica utilizada pelo ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques. Autoridades brasileiras confirmaram ao Terra que, após o rompimento, o equipamento foi abandonado na rodoviária de Ciudad del Este. Silvinei está preso desde sexta-feira, 26, após tentar fugir do Brasil.
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A tornozeleira teria sido encontrada na madrugada desta segunda-feira, 29, por funcionários de uma empresa de ônibus, que acionaram a polícia. Equipes da delegacia do bairro Obrero localizaram o equipamento dentro de um banheiro do terminal.
A polícia do Paraguai trabalha para identificar quem abandonou a tornozeleira na rodoviária e em que momento isso aconteceu. À emissora paraguaia ABC, o subcomissário de polícia Fernando Valenzuela informou que assim que a origem brasileira do equipamento foi confirmada, tão logo a Polícia Federal foi acionada.
A tornozeleira, então, foi entregue ao Comando Tripartite, órgão de cooperação policial entre Brasil, Paraguai e Argentina, e passará por perícia. No entanto, as autoridades brasileiras já confirmaram que trata-se do equipamento até então utilizado por Silvinei Vasques.
Fuga e prisão de Silvinei Vasques
O ex-diretor-geral foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 24 anos e seis meses de prisão no último dia 16. Entre outras coisas, ele teria comandado blitzes ilegais nas eleições de 2022 com o objetivo de atrapalhar o fluxo de eleitores no Nordeste, que tendencialmente votariam no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Silvinei Vasques estava sob monitoramento eletrônico desde agosto de 2024, quando foi liberado de uma prisão preventiva. Neste mês, o ex-diretor da PRF foi condenado pelo STF a 24 anos e seis meses de prisão. Na madrugada de sexta-feira, Vasques foi detido no Paraguai em meio a uma tentativa de fuga.
O ex-diretor pretendia chegar em El Salvador, passando pelo Panamá, mas foi interceptado pelas autoridades paraguaias por uso de documentos falsos. Antes, Silvinei Vasques rompeu a tornozeleira eletrônica em Santa Catarina e fugiu para o Paraguai.
Após a fuga e prisão de Vasques, o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão domiciliar de outros 10 condenados da trama golpista. Além da prisão, foram impostas medidas cautelares como a proibição de uso de redes sociais, de contato com outros investigados, a entrega de passaportes, a suspensão de documentos de porte de arma de fogo e a proibição de visitas.
No sábado, 27, Silvinei foi transferido para a sede da Polícia Federal (PF) em Brasília. Ele saiu da sede da PF de Foz do Iguaçu às 9h20 e decolou às 10h em uma aeronave da corporação, após passar a noite de sexta-feira, 26, no local.
Silvinei deve ficar detido na "Papudinha". Ele chegou a Brasília por volta das 13h30 e foi levado de viatura para a sede da Superintendência da Polícia Federal, onde passará por exame de corpo de delito. Depois, ele segue para uma unidade prisional, no Batalhão da Polícia Militar dentro do Complexo Penitenciário da Papuda.