O que é a 'Festa da Selma', citada mais de uma vez por Moraes durante julgamento da trama golpista

De acordo com a Polícia Federal, termo era uma espécie de código usado por criminosos para se referir aos atos golpistas de 8 de janeiro

9 set 2025 - 13h17
(atualizado às 13h39)
Resumo
O termo 'Festa da Selma', citado por Alexandre de Moraes no julgamento da tentativa de golpe de 8 de janeiro, era um código usado por criminosos para organizar e planejar os atos golpistas em Brasília, segundo a Polícia Federal.

O ministro Alexandre de Moraes, relator da Ação Penal 2.668, que apura tentativa de golpe de Estado, chamou a atenção pelo uso reiterado do termo Festa da Selma durante o 3º dia do julgamento na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira, 9. 

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O termo veio à tona durante as investigações da Polícia Federal sobre os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, que culminaram na invasão e na depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília (DF). De acordo com a PF, Festa da Selma era uma espécie de código usado pelos criminosos para se referir às ações na capital federal. 

Apoiadores de Bolsonaro invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília
Apoiadores de Bolsonaro invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília
Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO / Estadão

Em uma das etapas da Operação Lesa Pátria, deflagrada em 17 de agosto de 2023, a PF mirou os suspeitos de terem formado o movimento violento batizado de Festa da Selma, descrito em mensagens com orientações e convocação para a tomada de prédios públicos e das ruas. 

As mensagens com o termo teriam circulado a partir de 5 de janeiro, três dias antes da invasão às sedes dos Três Poderes. Segundo a investigação, o 'codinome' do movimento era uma forma de burlar monitoramento de autoridades nas redes sociais.  

“O termo Festa da Selma foi utilizado para convidar e organizar transporte para as invasões, além de compartilhar coordenadas e instruções detalhadas para a invasão aos prédios públicos. Recomendavam, ainda, não levar idosos e crianças, se preparar para enfrentar a polícia e defendiam, ainda, termos como guerra, ocupar o Congresso e derrubar o governo constituído”, informou a PF à época da operação.

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Fonte: Redação Terra
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