Moraes dá 15 dias para Eduardo Bolsonaro apresentar defesa após PGR denunciá-lo por coação

Prazo também é válido para o blogueiro Paulo Figueiredo, outro denunciado no caso

23 set 2025 - 11h42
(atualizado às 12h45)
Resumo
Alexandre de Moraes deu 15 dias para Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo apresentarem defesa sobre denúncia de coação feita pela PGR, relacionada a ameaças envolvendo sanções internacionais e interesses pessoais.
Ministro Alexandre de Moraes no julgamento da trama golpista no STF nesta quarta-feira, 10
Ministro Alexandre de Moraes no julgamento da trama golpista no STF nesta quarta-feira, 10
Foto: Rosinei Coutinho/STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes deu ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) 15 dias para apresentar sua defesa à denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) por coação no curso do processo judicial. O prazo também é válido para o blogueiro Paulo Figueiredo, outro investigado no caso. 

A determinação de Moraes ocorreu nesta terça-feira, 23, um dia após a PGR denunciar os dois ao STF. O ministro determinou que ambos sejam notificados para apresentar resposta prévia em até duas semanas. 

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Ambos estão nos Estados Unidos articulando, junto ao governo de Donald Trump, sanções contra o Brasil, em uma espécie de represália pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado, e também em benefício ao próprio blogueiro. 

Segundo o procurador Paulo Gonet, eles estariam cometendo o crime de coação, que consiste em usar de violência ou ameaça para favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridades e pessoas chamadas a intervir em processo judicial.

No documento, foram anexadas declarações públicas do deputado federal e seu colega nas redes sociais, além de dados extraídos de aparelhos celulares apreendidos após o cumprimento de medidas cautelares autorizadas pelo STF.

Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo
Foto: Reprodução/X

Gonet aponta que as ameaças eram consistentes, pois os denunciados tentaram submeter os interesses da República e de toda a coletividade a seus próprios desígnios pessoais e familiares.

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"Ameaçavam as autoridades judiciárias e de outros Poderes com a promessa de que conseguiriam de autoridades norte-americanas sanções dispostas a dificultar e arruinar suas vidas civis, mesmo no Brasil, se o processo criminal não tivesse o fim que desejavam ou se a anistia – extensiva, necessária e prioritariamente a Jair Bolsonaro – não fosse pautada e conseguida no Congresso Nacional", explicita a denúncia.

Além da condenação pelo crime de coação, o procurador-geral da República requer a reparação dos danos decorrentes das ações criminosas. 

Fonte: Portal Terra
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