Alexandre de Moraes autorizou a realização de um exame de ultrassonografia em Jair Bolsonaro na sede da Polícia Federal, após pedido da defesa para atualizar diagnósticos médicos e subsidiar uma perícia oficial.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou que o médico de Jair Bolsonaro (PL) faça um exame de ultrassonografia no ex-presidente. O exame será realizado na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília, onde Bolsonaro está preso após condenação pela trama golpista.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
A decisão -- com data de sexta-feira, 12, mas inserida no sistema do STF na noite deste sábado, 13 -- não traz a data em que o exame será realizado, mas o despacho de Moraes lembra que "as visitas dos médicos do senteciado, devidamente cadastados, não necessitam de prévia comunicação, observando-se as determinações legais e judiciais".
Bolsonaro está preso em uma sala da superintendência, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão.
O pedido para realização de exame foi feito após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser realizada pela própria PF, no prazo de 15 dias.
Os advogados haviam solicitado autorização para entrada do médico Bruno Luís Barbosa Cherulli na PF para realização do exame com um equipamento portátil de ultrassom. O procedimento será realizado nas regiões inguinais direita e esquerda.
“Trata-se de procedimento não invasivo, rápido, que não exige sedação ou estrutura hospitalar, podendo ser plenamente realizado in loco, garantindo, assim, que as imagens e laudos correspondentes sejam disponibilizados imediatamente à Polícia Federal para subsidiar a perícia já determinada por Vossa Excelência”, disse a defesa.
A defesa disse que a medida era necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a realização da perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para realizar uma cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.
“A medida visa exclusivamente suprir a atualidade dos exames, ponto expressamente destacado no despacho, e facilitar a pronta conclusão da perícia oficial, sem qualquer impacto no fluxo decisório estabelecido”, completou a defesa.
Na última terça-feira, 9, os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no seu estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para realizar uma cirurgia.
*Com informações da Agência Brasil