O secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Curi, afirmou que a Operação Contenção, que deixou 132 mortos nos Complexos da Penha e do Alemão nesta terça-feira, 28, foi bem-sucedida e exaltou que nenhum grupo de segurança mundial poderia executar a ação, considerada a mais letal da história do Estado. A declaração foi feita durante uma coletiva nesta quarta-feira, 29.
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A ação mobilizou mais de 2,5 mil agentes civis e militares e tinha como objetivo capturar lideranças do Comando Vermelho (CV) e conter a expansão territorial da facção.
"Polícia nenhuma do mundo faz o que as polícias civil e militar fazem aqui no estado do Rio de Janeiro. Eu desafio qualquer um aqui a chamar o Netanyahu, CIA, se quiser chamar o Mossad, o FBI, pode chamar quem for, até a NASA. Não vai fazer o que nós fazemos", disse.
O secretário lamentou a morte de quatro policiais durante a ofensiva, a quem chamou de "heróis", e afirmou que a ação representou o "maior baque da história do Comando Vermelho".
Curi também rebateu críticas sobre o uso da Força Nacional em ações desse tipo. "Tem gente que fala que tem que chamar a Força Nacional. A Força Nacional não é especializada nesse tipo de ação. Todas as vezes que eles se aventuraram a entrar em comunidade, ou a polícia civil ou a polícia militar tiveram que resgatá-los. Quem fala isso não sabe o que está falando".
De acordo com a GloboNews, o governador alegou que o Governo Federal negou ajuda para as operações no Estado. "Tivemos pedidos negados 3 vezes: para emprestar o blindado, tinha que ter GLO [Operação de Garantia da Lei e da Ordem], e o presidente [Lula] é contra a GLO. Cada dia uma razão para não estar colaborando", declarou Castro.
Ainda assim, o governador também classificou a operação como um "sucesso" e um "dia histórico" para o estado. Segundo ele, as únicas vítimas teriam sido os agentes de segurança.