Nas últimas semanas, circulou um vídeo que demonstra que, quando se trata de construir, a China está muito à frente. De fato, algo fascinante acontece em Pequim: é possível encontrar uma entrada de metrô vazia em meio a um lugar sem qualquer desenvolvimento — um terreno baldio. Mas a realidade é outra, porque, se você voltar ao mesmo local alguns anos depois, a imagem estará completamente diferente.
Sim, a China é especialista em planejamento de longo prazo.
Décadas de antecedência
A expansão urbana chinesa dos últimos vinte anos consolidou uma característica estrutural: a infraestrutura (em especial o metrô) é construída antes mesmo de existir a cidade que ela vai atender. Esse avanço deliberado cria uma fase visível de "vazio": estações enterradas em terrenos baldios, acessos cercados por mato, sem ruas nem comércio, e plataformas profundas e desertas sob solos sem moradores.
No entanto, para o Estado chinês, essa fase não é uma falha, mas um estado transitório dentro de um horizonte de 10 a 20 anos, no qual a infraestrutura vem primeiro para induzir e consolidar o desenvolvimento que virá. As chamadas "cidades fantasmas" (de Lanzhou New Area a Xiongan) são menos um sintoma de erro do que um quadro intermediário de um roteiro de longo prazo que parte do princípio de que a urbanização é inevitável, ainda que sua sequência seja assimétrica: primeiro o metrô, depois as pessoas.
Dados de um estudo de Wuhan mostram que o simples fato de haver uma estação de metrô por perto ...
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