O mercado de autoveículos no Brasil teve um bom quadrimestre. A avaliação foi feita pelo presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, ao relatar os números do setor no período de janeiro a abril. Segundo Leite, a média diária de vendas foi de 10.038 carros. No ano passado, a média diária de vendas foi de 7.925 carros.
Falando diretamente de Xangai, na China, onde foi visitar o Salão de Pequim e as principais montadoras que estão vindo para o Brasil, Marcio Lima Leite disse que a venda média superior a 10 mil carros por dia representa um aumento de 13,6% em relação ao período de janeiro a abril do ano passado.
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O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores relatou também aumento na produção e nas vendas. A produção de autoveículos em abril foi de 222 mil unidades (+13,5% em relação a abril do ano passado) e o acumulado já soma 760 mil unidades (+6,3% em relação a 2023).
As vendas internas foram de 221 mil unidades (+17,6% em relação a abril do ano passado). Lima Leite destacou que 10 mil unidades desse volume foram de carros híbridos e elétricos importados da China, país que teve acréscimento de 633% nas importações brasileiras de veículos, no acumulado de janeiro a abril.
Com 34,5 mil unidades e participação de 27%, a China agora é o segundo país de origem dos carros que rodam no Brasil. A Argentina segue na liderança com 56,5 mil unidades e 45% de participação (mesmo patamar anterior).
Depois vem o México com 14,4 mil unidades (+83%) e 11% de participação, seguido da Alemanha com 7,4 mil veículos (+1%) e 6% de participação. No total, o Brasil importou 126,5 mil veículos leves e pesados este ano (+43% em relação aos 88,1 mil registrados de janeiro a abril do ano passado).
Exportações em queda
Apesar dos bons números de abril, a Anfavea mostrou preocupação em relação às exportações, que caíram para 27 mil unidades em abril (-26,4% em relação ao mesmo mês do ano passado). No acumulado, o volume de veículos exportados foi de 110 mil unidades (-26%).
Segundo Márcio de Lima Leite, a queda é resultado da operação padrão em dois órgãos federais: Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) e Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).
Não só as exportações têm sido afetadas pela greve no Mapa e no Ibama, mas também as importações. A Anfavea relatou 47 mil veículos aguardando liberação (nenhum carro elétrico, que não passa por esse processo). No Mapa, a lideração tem sido de 8 dias e no Ibama chega a 20 dias.
