No último pregão, o Ibovespa teve um fôlego positivo com a expectativa de avanço no PL da Dosimetria no Congresso e das negociações que poderiam levar à desistência de Flávio Bolsonaro da pré-candidatura presidencial de 2026. Mas o clima virou quando a sessão na Câmara foi suspensa, depois que o deputado Glauber Braga ocupou a cadeira da presidência em protesto contra um processo no Conselho de Ética.
O Ibovespa perdeu força ao longo desta terça-feira (9) e voltou para o campo negativo, fechando com queda de 0,13%, aos 157.981 pontos. O índice chegou a subir pela manhã, mas o movimento durou pouco.
O fôlego positivo vinha da expectativa de avanço no PL da Dosimetria no Congresso e das negociações que poderiam levar à desistência de Flávio Bolsonaro da pré-candidatura presidencial de 2026. Mas o clima virou quando a sessão na Câmara foi suspensa, depois que o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) ocupou a cadeira da presidência em protesto contra um processo no Conselho de Ética. A paralisação elevou a incerteza política, já alta com as decisões de juros no Brasil e nos EUA marcadas para esta quarta-feira.
Em destaque no Ibovespa, Petrobras subiu 0,63%, mesmo com o petróleo caindo cerca de 1% no mercado internacional, enquanto a Vale perdeu força e terminou o dia com leve alta de 0,06%. Já os grandes bancos fecharam no negativo e as maiores altas do dia foram lideradas por Pão de Açúcar (+3,91%) e Usiminas (+3,68%). A maior queda ficou com Magazine Luiza (-4,93%).
No câmbio, o dólar subiu 0,28%, fechando a R$ 5,43, reagindo às notícias políticas envolvendo Flávio Bolsonaro e ao impacto das disputas eleitorais de 2026 no humor dos investidores.
No cenário internacional, o mercado acompanha a decisão de juros do Federal Reserve (Fed) nesta super quarta. As apostas de um corte de 0,25 ponto chegam a 89%, o que levaria a taxa para o intervalo entre 3,5% e 3,75% ao ano.
Na Europa, as Bolsas operam majoritariamente em queda, pressionadas pela espera do anúncio do Fed. Na Ásia, os índices fecharam sem direção única: Xangai caiu 0,23%, Tóquio recuou 0,12% e a Coreia do Sul caiu 0,21%, enquanto Hong Kong subiu 0,42%.
No Brasil, as atenções se voltam ao Copom, que deve manter a Selic em 15% nesta reunião. Economistas avaliam que o ciclo de cortes só deve começar em março, embora a reunião de janeiro, prevista para o fim do mês, possa trazer algum sinal.
O mercado monitora também o IPCA de novembro, estimado entre 0,16% e 0,26%, com inflação em 12 meses recuando de 4,68% para cerca de 4,47%.
No setor corporativo, a Suzano aprovou capex de R$ 10,9 bilhões para 2026, enquanto a Raízen foi cobrada pela B3 por estar com ações abaixo de R$ 1 desde outubro e o BRB adiou a divulgação do terceiro trimestre até concluir investigação independente ligada à operação “Compliance Zero”.
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