Dança pode ser “remédio natural” contra a depressão

Dançar pelo menos três vezes por semana pode ajudar a aliviar os sintomas da depressão e outras doenças degenerativas

19 jun 2015 - 09h00

O exercício físico é fundamental em nossa vida. Além de controlar o peso, a atividade corporal melhora a qualidade de vida e combate o sintoma de diversas doenças. Para quem busca uma modalidade que una todos os benefícios, a dança pode ser uma ótima opção.

Dançar melhora a socialização e pode ajudar a afastar a depressão
Dançar melhora a socialização e pode ajudar a afastar a depressão
Foto: iStock

Antes vista apenas como lazer, a dança conquistou espaço também por suas inúmeras vantagens para a saúde. Ela estimula a concentração, melhora o desempenho cognitivo, aprendizagem e memória, eleva a autoestima e regula o sono.

Publicidade

Além disso, dançar também pode beneficiar a condição mental dos praticantes. A atividade ajuda a melhorar a confiança, pois o dançarino aprende passos novos que muitas vezes são desafiadores. “Podemos melhorar nossa acurácia mental aprendendo algo novo, como a dança, estimulando a conectividade do cérebro, gerando, portanto, a necessidade de novas vias”, explica Renata Bataglin, psiquiatra e psicoterapeuta que atua em hospitais públicos e universidades de São Paulo.

A dança, assim como outras atividades físicas, acaba melhorando a qualidade de vida da pessoa, ajudando a afastar os sentimentos de isolamento característicos de quem pode sofrer de depressão. A atividade ao som da música contribui para o desenvolvimento intelectual e cognitivo, aliviando os sintomas da depressão e de outras doenças degenerativas, como o mal de Parkinson.

“Segundo uma pesquisa do Texas (EUA), dançar ou realizar outras atividades físicas pode reduzir em média de 30 a 40% dos sintomas depressivos se praticada com regularidade mínima de três vezes por semana por no mínimo 30 minutos”, explica Renata. De acordo com ela, é muito importante associar atividade física ao tratamento medicamentoso. “A dança adiciona outros benefícios por se tratar de algo mais lúdico que outras atividades físicas convencionais.”

Terceira idade

Publicidade

Para os idosos, a pratica desta atividade é excelente. Além de melhorar o equilíbrio físico e mental, amplia a socialização e pode ajudar a afastar a depressão. Segundo Renata Bataglin, dançar pode auxiliar a evitar o sentimento de isolamento de pessoas mais velhas que vivem sozinhas, por exemplo.

“De acordo do um estudo publicado no New England Journal of Medicine, a dança pode melhorar nossa memória e prevenir o desenvolvimento da demência à medida que envelhecemos”, comenta a psiquiatra. A prática dessa atividade ajuda manter o cérebro em plena atividade, melhorando a coordenação motora e a concentração, pois eleva a circulação cerebral em áreas “adormecidas”.

Esses estímulos aumentam as conexões neuronais, proporcionando ao idoso maiores habilidades no aprendizado, raciocínio e na memória. Assim, reduzem os sintomas depressivos e a ansiedade. “Nunca é tarde para começar a dançar”, ressalta Renata.

Fonte: Cross Content
Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações