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Ocidente está prestes a abraçar o que o Japão vem aperfeiçoando há anos: que nossas fezes não caiam no esquecimento

Numa sociedade obcecada por saber tudo sobre si mesma, era apenas questão de tempo até que mesmo o que deixamos para trás no banheiro fosse registrado

20 dez 2025 - 09h15
(atualizado às 11h21)
Foto: Xataka

Por décadas, a intimidade do banheiro foi um território proibido até mesmo para a tecnologia mais invasiva, um espaço culturalmente protegido da obsessão moderna pela constante mensuração do corpo. No entanto, o que começou no Japão há muito tempo pretende se tornar a mina de ouro do Ocidente: o negócio das fezes humanas.

A ascensão inesperada dos "dados fecais"

A Bloomberg falou sobre o assunto em matéria que apontou o ponto de virada: um gastroenterologista segurando um pedaço de fezes secas nas mãos, no set de um podcast, debatendo sua forma como se estivesse avaliando uma obra de arte.

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O fascínio pelo trânsito intestinal, antes relegado ao campo clínico ou a certos nichos de biohackers, saltou para o mainstream, impulsionado por uma indústria que identifica nas fezes um novo e vasto território de dados capaz de antecipar doenças, ajustar hábitos de vida e registrar dimensões da saúde que até então escapavam ao radar digital. O que começou como humor, pudor ou tabu tornou-se a base de um mercado emergente no qual gigantes da tecnologia para banheiros e startups biomédicas enxergam um campo completamente virgem, comparável, em potencial, aos primórdios dos smartwatches.

Do tabu ao dispositivo inteligente

O salto não é acidental. O lançamento quase simultâneo de dois produtos de gigantes da indústria - a linha Neorest da Toto e o sensor Dekoda da Kohler - demonstra que o setor decidiu transformar o vaso sanitário num ecossistema de análise fisiológica contínua. Para empresas que ...

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